"Ajudem-nos a combater as contrafações", pede Alibaba a marcas globais

Hangzhou, China (Reuters/EP) – Quando se trata de combater produtos contrafeitos, o chefe da segurança Internet da companhia chinesa do e-commerce Alibaba disse que a cooperação ainda é melhor que a via dos tribunais.

Ni Liang, que administra as operações anticontrafações da companhia, falou à Reuters dias após Gucci, Yves Saint Laurent e outras marcas de luxo controladas pela Kering abrirem um processo contra o Alibaba em Nova Iorque, alegando que o gigante chinês do comércio eletrónico intencionalmente tornou possível que contrafeitores vendessem artigos contrafeitos.
 
Ni disse que as marcas teriam uma oportunidade melhor de ter sucesso no combate ao comércio de contrafeitos se conversassem com o Alibaba, em vez de processar a empresa.

"Acredito piamente que gastar dinheiro em ações judiciais pode resultar num desfecho completamente diferente do que cooperar connosco", disse Ni em uma entrevista durante uma rara visita dos médias à sede de segurança Internet do Alibaba.
 
"Se uma marca não cooperar connosco, ainda assim combateremos as contrafações..., mas quando cooperamos podemos combater melhor".
 
O Alibaba emprega cerca de 2 mil funcionários para combater contrafações. Em seu centro de comando de segurança Internet, um ecrã de computador cobrindo uma parede inteira regista em tempo real tentativas de vendedores de listar produtos suspeitos e mostra quais marcas tentam vender. Comerciantes conhecidos por terem tentado vender contrafeitos são também monitorados.