28 de nov. de 2016
'Startup' desenvolve tecnologia capaz de tratar resíduos têxteis
28 de nov. de 2016
O químico brasileiro Bruno Mena Cadorin desenvolveu uma tecnologia baseada no plasma frio que é particularmente eficiente no tratamento de resíduos gerados pela indústria têxtil.
Com 29 anos, este químico de Santa Catarina viu o impacto que a indústria tinha no rio que atravessa a cidade brasileira de Nova Trento, que dispõe de um forte polo têxtil.
“A liberação dos efluentes sem tratamento no rio causavam a mortandade de peixes e, às vezes, a água mudava de cor. Ora estava azul, amarela, ou vermelha. Fiquei com aquilo na cabeça e sempre pensei no que poderia fazer para ajudar”, conta.
Com a tecnologia plasma frio, que começou a desenvolver ainda na faculdade, ele viu uma oportunidade de acabar com a poluição dos efluentes gerados, por exemplo, pela indústria têxtil.
Desde 2014, a 'startup' que criou, a Wier, está incubada no Parque Tecnológico Alfa da Fundação Certi, em Florianópolis. Hoje a empresa conta com 15 profissionais. Da primeira linha de máquinas, lançada há um ano usando a tecnologia plasma frio para desodorizar e higienizar ambientes, já foram vendidas cerca de 600 unidades para todo o país.
Considerado o quarto estado da matéria, o plasma é um gás de alta energia e reatividade química. Para gerar esse plasma, são aplicadas descargas elétricas, como as que acontecem quando temos tempestades. É um gás composto por íons, radicais livres, radiação ultravioleta, além de átomos estimulados.
Esse plasma, quando aplicado sobre um efluente líquido (por exemplo, água gerada na indústria têxtil) é capaz de quebrar as moléculas poluentes. Isso destrói bactérias, fungos, micro-organismos de um modo geral.
Essa tecnologia chama-se plasma frio. E é um meio mais sustentável para fazer o tratamento real dos efluentes líquidos, pois atua diretamente na causa da poluição, sem produtos químicos e sem gerar resíduos secundários, como o lodo.
Fonte: T Jornal
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