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Estela Ataíde
Publicado em
11 de jun. de 2018
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A-Cold-Wall continua experiências entre couture e streetwear

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
11 de jun. de 2018

O "kit de sobrevivência", composto por óculos, máscara anti-poeira e tampões de ouvidos, distribuído na entrada do desfile da A-Cold-Wall deixava antever o pior... Felizmente, não houve tempestade nem furacão, mas sim uma performance conceptual muito construída em torno do "homem, a forma e a estrutura", encenada pelo designer da marca, Samuel Ross, para revelar a sua coleção masculina para a primavera-verão de 2019.
 

Dois looks da coleção da A-Cold-Wall - DR


Enquanto o público colocava a máscara e os óculos, surgia ao fundo do palco, localizado numa antiga cervejaria, avançando lentamente pelo barulho ensurdecedor de uma enorme ventoinha, um grupo de pessoas encapuzadas e vestidas com túnicas empoeiradas, cobertas de pó cinzento... bem como sapatilhas Nike desenhadas por Samuel Ross. Segundo dá a entender uma imagem que este postou no Instagram na véspera do desfile, trata-se do segundo modelo desenvolvido pelo criador para a marca desportiva.

Depois, apareceram os primeiros modelos. Com sapatilhas brancas nos pés, calças e coletes assimétricos, repletos, dependendo dos looks, de bolsos, fechos de correr, cordões e tiras de velcro, em referência à linguagem do desporto, com longas écharpes que arrastavam pelo chão. Uma écharpes das apresentadas era composta por almofadas insufláveis, como um colete salva-vidas.

As calças, modulares e super confortáveis, eram feitas em nylons ultra-leves e podiam abrir nas laterais ou na frente. Por vezes, eram infladas em certas partes da perna por bolsos acolchoados ou bolsas presas com alças.

Pixel Formula


Inserções em couro ou lã coloridos (rosa velho, amarelo dourado, vermelho, azul, etc.) iluminaram a habitual paleta minimalista de Samuel Ross, colocados nomeadamente em tops ou num casaco ventilado nas costas com aberturas em formato de vigia.
 
O designer, que foi recentemente finalista do Prémio LVMH e trabalhou para Virgil Abloh, assina uma coleção particularmente bem sucedida, conjugando num equilíbrio perfeito usabilidade e pesquisa. Ross inova tanto na utilização de novas texturas (nylon, plástico, rede de pesca, cobertor de sobrevivência prateado, etc.) como na estrutura da peça, jogando com assimetrias e partes destacáveis, imaginando roupas em constante evolução.
 
Merecem também destaque os acessórios, especialmente os sacos de formatos ousados e gráficos feitos por artesãos locais com recurso à técnica de impressão 3D, enquanto micro-pochettes são usadas penduradas no ombro através de fitas finas.

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