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22 de mar. de 2013
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AIC Sul e Fiergs debatem entraves da indústria gaúcha

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22 de mar. de 2013

A Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul) e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) debateram, em uma reunião-almoço, no dia 14 de março, uma série de entraves para a competitividade das indústrias brasileiras e gaúchas. Na ocasião, o presidente da Fiergs, Heitor Müller, destacou a redução das compras de parte dos países europeus e dos Estados Unidos, combinada com o aumento das importações de produtos chineses. Mas também identificou otimismo da maioria dos setores em relação a 2013 e ainda apontou uma série de medidas tomadas pelo Governo Federal, que ajudam no aumento da competitividade das nossas indústrias.

Na abertura do encontro, o presidente executivo da AICSul, Moacir Berger, destacou que o setor coureiro já está curtido e seguirá sua trajetória, independente de qualquer cenário. Exemplificou com as perdas nas exportações em 2012, de 23%, que já foram recuperadas nos dois primeiros meses deste ano, no mesmo percentual. Observou que “isto é resultado do esforço de nossos empresários, que têm a capacidade de se adaptarem rapidamente às novas condições do mercado”.

O presidente do Conselho Diretor da AICSul, Eduardo Fuga, ressaltou a importância do apoio dos sindicatos do setor coureiro, “para que possamos unir esforços”. Da mesma maneira, sublinhou que a Fiergs tem sido parceiro permanente em defesa dos pleitos. E acrescentou que esta união de esforços agora tem também a participação efetiva do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), bem como de outros setores da cadeia, como o de sintéticos. “Afinal, temos muitas causas em comum e juntos estamos tendo mais força”, afirmou, adicionando que “aumentam as exportações de boi vivo e caem as de calçados, quando o caminho deveria ser o inverso”.

A crise internacional, afetando principalmente os europeus e os Estados Unidos, foi apontada por Müller como um dos principais desafios para o setor industrial gaúcho, que também deve se preocupar com o aumento das importações, principalmente originárias da China. Para vencer estes desafios, o dirigente da entidade gaúcha relacionou a necessidade de um sistema tributário menos pesado.

MAIS FATORES

Müller ainda lamentou que o câmbio flutuante esteja retirando competitividade diante de outros países, que fixam valores irreais a suas moedas para vender mais. O custo da logística também foi apontado como um gargalo relevante. A necessidade de melhora da legislação sobre as relações do trabalho também foi mencionada.

Porém, Heitor Müller afirmou-se otimista em relação a 2013. "Em uma pesquisa que realizamos com 23 segmentos industriais gaúchos, apenas quatro previram queda da atividade neste ano, sendo o couro um deles”. De acordo com a pesquisa, 56% esperam crescer bastante neste ano.

Para este otimismo, o presidente da Fiergs listou algumas medidas tomadas pelo Governo Federal, como a desoneração da folha de vários setores, bem como de alguns tributos, redução do preço da energia elétrica e das taxas de juros. “Mesmo que a passos bem lentos, podemos dizer que o Brasil está no passo certo”, finalizou.

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