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6 de dez. de 2017
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Albano Morgado vai ter uma tinturaria nova

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Jornal T
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6 de dez. de 2017

A Albano Morgado está a ultimar um investimento de 1,5 milhões de euros (incluindo edifício e equipamentos) numa nova tinturaria, que espera ter em atividade no final do verão do próximo ano.


Esta expansão das instalações industriais da laneira de Castanheira de Pera implica a demolição da casa onde viveu Albano Antunes Morgado, que há 90 anos fundou a empresa. 

“Não há bela sem senão. Não tiníamos outra hipótese para crescer”, explica Albano José Morgado, 49 anos, um dos cinco netos do fundador e CEO da Albano Morgado, que já tinge em rama ou em fio mais de 60% da sua produção.

As lãs cardadas, designadamente os tecidos clássicos de burel, samarra e surrobeco, representam a esmagadora maioria da produção da empresa, que é completamente vertical neste segmento, satisfazendo 80% das suas necessidades de lã no mercado nacional.

“As lãs cardadas são um dos nossos pontos fortes. Mas também fabricamos tecidos com lã penteadas, lãs finas como a caxemira ou o mohair. Não há qualquer tipo de tecido que não consigamos produzir, seja em pequenas ou grandes quantidades, para ir de encontro ás necessidades dos clientes”, garante Albano,

Os tecidos para senhora são outro dos pontos fortes e das apostas da empresa, por uma razão simples que o seu CEO explica em duas penadas: “Não conheço nenhuma senhora que use duas vezes o mesmo padrão…”.

A Albano Morgado apresenta duas coleções por ano e faz um volume de negócios de cinco milhões de euros, dos quais 65% correspondem a exportação direta. Os restantes 35% são destinados a uma carteira de clientes nacionais  (onde constam a Ricon, CBI, J. Caetano e Petratex, entre outros) de vocação exportadora.

“Durante um largo período de tempo, Portugal era visto como a China da Europa. Agora isso já não acontece. olham-nos como se fossemos a Suíça e procuram-nos em busca de proximidade, qualidade e um relacionamento urbano”, afirma Albano Morgado, acrescentando: “O Porto e Portugal estão na moda. É muito frequente os compradores pedirem-nos para lhes recomendarmos confeções”.   

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