Europa Press
30 de jul. de 2015
Amesterdão recebe exposição sobre a origem das revistas de moda
Europa Press
30 de jul. de 2015
Nova Iorque (TRENDSmérica) – As tendências, da mesma forma que o fazem os designers, vão e vêm, no entanto, algo que sempre foi uma constante foram as revistas de moda, uma fonte de informação utilizada por mulheres de todo o mundo, mesmo antes da própria invenção da fotografia.
Num sentido restrito, poderíamos definir que a moda surge a partir do século XIV. Momento no qual se incrementa a variedade de peças utilizadas pelas mulheres. Até então, a moda ficava reduzida à classe social à que pertencia, questão que não permitia uma grande margem à imaginação.
O povo olhava para o burguês, este à nobreza e este último à família real. Deste modo, criavam-se as tendências, através da imitação da classe social superior.
Embora isto se tenha prolongado assim durante muitos séculos, um número maior de modistas quis enviar seus desenhos às pessoas.
Em uma época na qual a fotografia não existia ou encontrava-se num processo ainda muito experimental, os criadores e fabricantes se propuseram a alcançar um público cada vez maior.
Para este propósito, utilizaram modelos gravados, que poderiam ser ou não a cores. Nesses desenhos de grande detalhe e qualidade, uma manequim ou um conjunto de imagens posavam adornados com todo tipo de atavios.
Na parte inferior, uma inscrição apontava a peça que a manequim usava, bem como detalhes do tecido ou sobre o processo de confeção.
Estas ilustrações converteram-se na origem das revistas de moda, publicações que permitem a milhões de mulheres em todo o mundo estarem informadas sobre tendências e conselhos de estilo útil na sua vida diária.
Este é precisamente o tema de que trata a nova exposição do Museu Rijksmuseum de Amesterdão. Sob a lema "Novo por enquanto: a origem das revistas de moda", a exposição, que se inaugurou em junho e continuará patente até finais de setembro, mostra os primeiros desenhos gravados que deram lugar à criação das revistas de moda.
"A moda é arte".
Paul Poiret é um dos criadores cujas obras fazem parte da exibição. Ele, da mesma forma que muitos outros da época, marcou um novo rumo em relação à moda, um caminho que lhes levou a equiparar esta com a arte.
Para isso, não economizavam orçamento e contratavam alguns dos ilustradores mais reconhecidos para que modelassem no papel suas ideias.
O objetivo era que as ilustrações refletissem a maior elegância possível e as manequins resultassem realistas para o público. Estes ilustradores acabaram por converterem-se em verdadeiros especialistas no desenho de moda.
Mais de 8.000 desenhos gravados
Alguns dos desenhos gravados, com vários séculos de antiguidade, foram digitalizados para que sejam expostos também no próprio sítio web do museu.
No total, mais de 8.000 desenhos gravados são expostos este verão europeu junto às suas inscrições originais, que contribuem com informação sobre as caraterísticas das diferentes roupas.
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