Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de set. de 2018
Tempo de leitura
2 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Antonio Marras apresenta princesas em safáris

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
21 de set. de 2018

Do vestido em seda bordada de renda ao fato militar caqui com colarinho de python colidem dois mundos opostos. Eram esses dois universos que Antonio Marras queria explorar nesta temporada, até fundir com poesia, sem nunca perder de vista a funcionalidade da roupa.


Look Antonio Marras para o verão de 2019 - FashionNetwork.com ph Dominique Muret


Para construir a sua coleção primavera-verão 2019, apresentada na sexta-feira (21) em Milão, o estilista nascido na Sardenha inspirou-se  na história da princesa Romane Worq, filha mais velha de Negus, o último imperador da Etiópia, que foi exilada para a ilha de Asinara em 1937, considerada na época como uma espécie de Cayenne francesa, após a conquista da Abissínia por Mussolini.
 
"Eu queria contar a história dessa passagem de um lugar para outro, de um mundo para outro, onde lembranças do passado são evocadas aqui e ali, através de bordados, rendas e outras decorações preciosas, enquanto as roupas dessa viajante exilada se adaptam aos novos territórios que ela descobre, por adições e sobreposições de novos elementos", explicou a Antonio Marras nos bastidores.

Uma calça militar foi combinada com um sutiã de renda, enquanto uma sweat de capuz sem mangas foi decorada com aplicações de flores e pérolas. Uma pele brilhante de leopardo foi colocada num vestido preto bordado com flores vermelhas, e num blusão de nylon amarelo-ouro, enquanto os pontos brancos de um vestido preto plissado foram confundidos com as manchas de um leopardo.


Tonino Serra criou os chapéus da coleção de Antonio Marras - FashionNetwork.com ph Dominique Muret

 
África esteve muito presente nesta coleção, que viajou de desertos em savanas, à safáris e explorações na selva. Houve muitas referências a animais selvagens ou exóticos e, assim, penas coloridas embelezaram um casaco caqui; inserções de efeito python foram incorporadas na parte de trás de um top, ou foram vistas em roupas de retalhos com estampados de zebra ou leopardo.

O look desta exploradora foi complementado com chapéus "vegetais" suntuosos que se desenvolveram em volume sobre a cabeça, através de cascatas de samambaia ou um emaranhado de ramos floridos, onde posou uma miríade de borboletas. Pequenas obras-primas de poesia assinadas pelo "flower designer" Tonino Serra.
 
Do jardim à selva, um único fio condutor percorreu a coleção, a cor verde, indo do caqui a limão. Como resume Antonio Marras, citando o escritor Sergio Atzeni: "Existem duas cores no mundo, verde é a segunda”.

Copyright © 2024 FashionNetwork.com. Todos os direitos reservados.