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Estela Ataíde
Publicado em
21 de nov. de 2017
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Brooks Brothers de olho na Europa e na Ásia

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Estela Ataíde
Publicado em
21 de nov. de 2017

Com as celebrações do seu 200º aniversário, o ano de 2018 promete ser intenso para a Brooks Brothers. Além de um desfile (o primeiro do género para a marca) programado para 10 de janeiro em Florença, no âmbito do salão masculino Pitti Uomo, a histórica marca americana irá celebrar o seu bicentenário em mais duas ocasiões: em Nova Iorque, a 7 de abril, e em Tóquio, no outono.


A marca é conhecida sobretudo pelas suas camisas - brooksbrothers.com


O Japão é, de facto, o segundo mercado mais importante, a seguir aos Estados Unidos, para a Brooks Brothers, que está presente no país há 40 anos através de um joint venture, na qual tem participação maioritária, com a Daidoh.
 
Neste novo ano fiscal, que decorre entre 1 de agosto de 2017 e 31 de julho de 2018, a empresa anuncia um crescimento em todos os seus mercados. “No último ano fiscal, conseguimos um volume de negócios em torno de mil milhões de euros, com as vendas internacionais a compensar um ligeiro declínio no nosso mercado doméstico”, disse à FashionNetwork.com Luca Gastaldi, CEO para a região EMEA.

“A empresa teve três anos muito ativos no mercado americano, onde realizámos 65% das nossas vendas totais. Somos um dos únicos retalhistas americanos que nunca fecharam nenhuma loja neste país! Grande parte do nosso desenvolvimento tem sido internacional”, continuou.

Conhecida pelas suas camisas com o célebre colarinho button-down, a marca, cujo vestuário masculino representa 80% das vendas totais, possui 700 pontos de venda em todo o mundo, incluindo 300 na Europa, onde duplicou o seu volume de negócios nos últimos cinco anos.

Em alguns mercados, como os países árabes, a Rússia ou a Turquia, entre outros, a Brooks Brothers desenvolveu-se através de parcerias com distribuidores locais. Na Europa, conta com cerca de 150 revendedores, sobretudo em grandes armazéns, como o El Corte Inglés em Espanha, onde instalou corners.


O vestuário masculino representa 80% das vendas totais - brooksbrothers.com


“Na Europa, nos mercados mais maduros, iremos consolidar a nossa posição este ano com mais aberturas pontuais. Por outro lado, temos um plano de aberturas mais agressivo na China e Grande China, onde ainda somos bastante pequenos”, indica o responsável.
 
Esta expansão passa por uma nova estratégia comercial, com um formato menor em comparação com a área média de mais de 500 metros quadrados das lojas em solo americano, mas também por novos serviços. Destaca Luca Gastaldi: “Queremos repensar a experiência do cliente em loja através da formação dos nossos vendedores, que precisam de uma mudança de papel. Vamos também lançar um projeto omnichannel nos Estados Unidos, que será alargado ao resto do mundo dentro de dois anos.”

Atualmente, o comércio eletrónico representa 15% das vendas nos Estados Unidos, mas está pouco desenvolvido no domínio internacional. A marca, fundada em 1818 e comprada em 2001 à Marks & Spencer pelo italiano Claudio Del Vecchio, pretende também reforçar a sua presença nas redes sociais.

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