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Estela Ataíde
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6 de set. de 2018
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Burberry elimina peles das coleções e deixa de destruir produtos não vendidos

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
6 de set. de 2018

A Burberry prepara-se para eliminar o uso de peles nas suas coleções e, como parte de uma nova abordagem para a sustentabilidade, também não destruirá mais bens não vendáveis, comunicou a empresa de luxo na quinta-feira.


Burberry - outono-inverno 2018 - Moda feminina - Londres - © PixelFormula


As mudanças são implementadas de imediato, o que significa que não haverá peles verdadeiras na coleção de estreia de Riccardo Tisci para a Burberry no final deste mês e que serão "descontinuados os produtos de peles verdadeiras existentes", acrescentou a marca.
 
O CEO Marco Gobbetti afirmou: “Luxo moderno significa ser social e ambientalmente responsável. Esta crença é fundamental para nós na Burberry e fundamental para o nosso sucesso a longo prazo. Estamos comprometidos em aplicar a mesma criatividade a todas as partes da Burberry que aplicamos nos nossos produtos.”

A decisão relacionada com as peles acontece após uma série de marcas de elevada qualidade terem abandonado o uso de peles nas últimas temporadas, recebendo, em consequência, uma aprovação generalizada por parte dos consumidores.

A Burberry, no entanto, foi muito criticada no início deste verão, quando foi revelado que destruiu dezenas de milhões de libras em produtos “invendáveis” por diversas razões, incluindo problemas de qualidade, a necessidade de manter os bens fora do mercado paralelo e a mudança para um licenciado externo para a sua a operação de beleza.
 
O seu compromisso em acabar com esta prática baseia-se nos objetivos definidos no ano passado como parte da agenda de responsabilidade de cinco anos. A empresa revelou que esta é apoiada pela “nova estratégia, que está a colaborar para combater as causas do desperdício”. “Já reutilizamos, reparamos, doamos ou reciclamos produtos invendáveis e continuaremos a expandir estes esforços.”

A mudança apoia certamente o seu objetivo de fazer parte de uma indústria de luxo mais direcionada para a sustentabilidade, o que é especialmente importante uma vez que a empresa se tornou numa parceira central da Make Fashion Circular Initiative, convocada pela Fundação Ellen McArthur, em maio deste ano.
 
Na quinta-feira, a empresa também enfatizou as suas credenciais ecológicas, afirmando que no ano passado criou “uma parceria única com a empresa de luxo sustentável Elvis & Kresse para transformar 120 toneladas de sobras de couro em novos produtos nos próximos cinco anos”. “Também temos apoiado a Burberry Foundation no estabelecimento do Burberry Material Futures Research Group com o Royal College of Art para inventar novos materiais sustentáveis.”

“Continuamos a investir em comunidades, desde o apoio a jovens em áreas desfavorecidas de Londres e Yorkshire até ao desenvolvimento de uma indústria de caxemira mais inclusiva e sustentável no Afeganistão. Estes esforços foram reconhecidos pela inclusão da Burberry no Index de Sustentabilidade Dow Jones pelo terceiro ano consecutivo.”

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