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19 de out. de 2017
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Calçado português de olhos postos no Japão

Publicado em
19 de out. de 2017

Numa altura em que a indústria portuguesa do calçado aposta em novos mercados, sobretudo fora do contexto europeu, o Japão “está, definitivamente, de regresso ao horizonte das empresas portuguesas”. Na plataforma Portuguese Shoes, a APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos) revela que as exportações para o Japão aumentaram 70% nos últimos cinco anos, passando de 7,5 para 13 milhões no final do último ano.

Foto: DR


A aposta no mercado nipónico passa nomeadamente pela participação de 15 empresas nacionais na feira de moda Fashion World Tokyo, naquela que é a “maior investida do calçado português ao mercado asiático nos últimos vinte anos”, pode ler-se no comunicado da associação.

Realizando-se duas vezes por ano, a Fashion World Tokyo conta com cerca de 850 expositores oriundos de todo o mundo, que apresentam as suas propostas de vestuário, calçado e acessórios de moda a cerca de 28 mil visitantes profissionais.
De acordo com dados do World Footwear Yearbook, o Japão importa anualmente mais de 608 milhões de pares de calçado, pelo que é um mercado de enorme potencial para a indústria nacional.

Segundo a APICCAPS, o país pode ainda funcionar como porta de entrada em outros mercados asiáticos emergentes. No mesmo comunicado, a associação lembra aliás que, nos últimos cinco anos, as exportações nacionais para o mercado asiático triplicaram e ascenderam dos 15 milhões de euros, em 2010, para 49 milhões de euros no final de 2016.
 
Apesar da aposta no Japão, a associação lembra que os Estados Unidos se mantêm “a primeira das prioridades” por serem, nota Luís Onofre, presidente da APICCAPS, o “maior importador de calçado do mundo, o país de todas as oportunidades”.
 
Em simultâneo, “a APICCAPS irá igualmente abordar um conjunto de países em que os acordos de comércio livre celebrados pela União Europeia criaram um grande potencial, como Coreia do Sul, Singapura, Chile, Colômbia ou, mais recentemente, o Canadá”.
 

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