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23 de nov. de 2015
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Cavalinho investe na internacionalização nos próximos 2 anos

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Agência LUSA
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23 de nov. de 2015

Lisboa (Lusa) – A empresa Jacinto Azevedo & Santos vai investir meio milhão de euros nos próximos dois anos no reforço da internacionalização da marca Cavalinho, apostar na consolidação dos mercados externos onde já está e em novos países na América Latina.

Uma unidade da marca em Portugal - Foto: Cavalinho


"O negócio além-fronteiras representa 20% da faturação global, mas queremos consolidar a presença nos mercados onde já estamos e avançar para a América Latina (Chile e Colômbia), num investimento de meio milhão de euros nos próximos dois anos para reforçar a marca Cavalinho", disse o dono e gestor, Manuel Jacinto Azevedo, à agência Lusa.

A marca Cavalinho – de carteiras, bolsas, acessórios e calçado –, que é comercializada pela Jacinto Azevedo & Santos, foi criada em 1988 por Manuel Jacinto Azevedo e três irmãs. O negócio é de origem familiar e nasceu antes do 25 de Abril, com o calçado.

Mas a crise na altura ditou a viragem do negócio para o nicho das malas. Agora, a empresa quer reforçar a sua posição no mundo do calçado, onde está a crescer e onde está prevista uma aposta mais forte na publicidade, para posteriormente tentar ingressar na área do vestuário, explicou o gestor da empresa à Lusa.

"Não queremos precipitações, mas sim consolidar estes processos para estarmos cada vez mais seguros", salientou, dando nota de que também em Portugal as vendas estão a crescer: "Felizmente não temos sentido quebras [de vendas] devido à crise".

A marca Cavalinho está presente, nomeadamente, no Luxemburgo, Suíça, França, Espanha, Bulgária, Estados Unidos, Canadá, Japão, Moçambique, África do Sul e Angola.

"A faturação mantém-se a nível internacional nos 20% porque o mercado angolano desceu com a crise, mas temos conquistado outros mercados internacionais", sublinhou o gestor.

Com uma fábrica em São Paio de Oleiros, em Santa Maria da Feira, e um segundo polo de produção da Cavalinho, em Braga, dedicado a marroquinaria (carteiras, porta-moedas e porta-chaves), a empresa vai fechar este ano com uma faturação de 7,8 milhões de euros, contra 7,6 milhões em 2014 e 6,56 milhões no ano anterior.

A empresa investe anualmente 200 mil euros na renovação do seu equipamento.

O processo de fabrico dos produtos da marca Cavalinho permanece "muito manual", sendo que cada coleção é feita por um trabalho em "conjunto" do qual poderão resultar 50 modelos ou mais.

"Lançamos duas coleções por ano (primavera/verão e outono/inverno). A adaptação é feita por pesquisa constante, procurando ver essencialmente o que cada pessoa usa no seu dia-a-dia para que consigamos chegar ao seu estilo", explicou o gestor.

No entanto, Manuel Jacinto Azevedo lembrou que, além dos produtos mais clássicos, e "com grande sucesso" houve sempre um setor "muito jovem e cosmopolita" que a cada ano a marca tenta fidelizar e que tem registado "um crescimento constante".

As lojas oficiais da Cavalinho, um conceito que surgiu em 2013, são maioritariamente dos clientes da empresa que querem comercializar a marca.

Na fábrica da Cavalinho trabalham 79 pessoas e o crescimento da empresa "foi sempre orgânico, sem nunca recorrer a capitais alheios", esclareceu Manuel Jacinto Azevedo.

Atualmente existem 13 lojas oficiais da Cavalinho abertas, das quais 12 em Portugal e uma em Angola, e está prevista a reabertura da loja oficial em Coimbra.

A marca Cavalinho prevê abrir mais lojas em 2016 (Vila Real, Barcelos, Cascais, Angola, Moçambique e Canadá).

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