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Estela Ataíde
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31 de ago. de 2018
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Chanel adquire empresa espanhola de curtumes Colomer Leather

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Estela Ataíde
Publicado em
31 de ago. de 2018

A empresa de luxo francesa foi às compras a Espanha e adquiriu na totalidade a empresa de curtumes Colomer Leather Group, anteriormente Colomer Munmany, através de uma das suas sociedades. A empresa, que até agora se havia estabelecido como um dos seus maiores fornecedores na península, passa a integrar o portfólio da Chanel, segundo foi confirmado, com o objetivo de assegurar o fornecimento de couro, especialmente destinado ao fabrico de artigos de couro.

Chanel outono-inverno 2018 - Paris - Moda Feminina - Pixelformula


A operação de venda, cujo montante não foi revelado, terá sido concluída com a saída dos antigos proprietários e o desembarque da Chanel no conselho de administração da empresa espanhola, segundo informa o jornal económico Expansión. Deste modo, Bruno Pavlovsky, presidente do negócio de moda da empresa francesa, ter-se-á tornado no responsável máximo da empresa bicentenária de curtumes e comercialização de couro, localizada em Vic (Barcelona). Contactado pela FashionNetwork.com, o Colomer Leather Group preferiu não comentar as informações.

Até à chegada da Chanel ao seu órgão administrativo, a empresa catalã tinha como principais acionistas a sociedade Pmerschdra, associada à família Olabarría, proprietária de 64,76%, e a Bardesana Inversiones, propriedade da família Sumarroca, que detinha 19,32%. Nos últimos tempos, a empresa passou por um processo de reestruturação que levou a demissões e a encerramento de fábricas, devido à forte concorrência de países com custos mais baixos. Atualmente, a Colomer conta apenas com uma empresa de curtumes, Adobinve, localizada em Tarragona, além de cinco filiais em Espanha e uma no Japão, que emprega mais de 200 pessoas.

O exercício passado do Colomer Leather Group fechou com vendas consolidadas de 38,5 milhões de euros, menos 5% que no ano anterior. Os números contrastam com a faturação do passado. Vinte anos antes, a faturação da empresa chegava aos 113 milhões de euros. Atualmente, o grupo emprega 218 pessoas e exporta 60% da sua produção de peles.

Por seu lado, o grupo Chanel, propriedade dos irmãos Alain e Gérard Wertheimer, divulgou os seus números pela primeira vez na sua história em junho. Só em 2017, a Chanel faturou cerca de 10 mil milhões de dólares, cerca de 8.300 milhões de euros, enquanto o lucro líquido chegou a cerca de 1.500 milhões de euros. No que diz respeito aos seus investimentos na indústria do couro, a Chanel adquiriu em 2013 a sua primeira empresa de curtumes, a francesa Bodin-Joyeux e, em 2016, adquiriu uma participação maioritária na também francesa Megisserie Richard. Segundo Bruno Pavlovsky, este investimento representou para a Chanel "a oportunidade de reforçar a sua excelência na indústria do couro". Uma vontade que, com a aquisição do seu histórico fornecedor espanhol, parece manter-se.

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