27 de mai. de 2015
China reduz suas taxas de importação em moda e cosmética
27 de mai. de 2015
Pequim anunciou a 25 de maio uma redução das suas taxas de importação sobre os bens pessoais. Uma medida que busca sustentar o consumo doméstico e que alcança, entre outros setores, aqueles de vestuário, de calçado desportivo e da cosmética.
Os fatos e vestuários com forro, anteriormente taxados entre 14 e 23%, serão agora taxados à altura de 7 a 10% do seu valor. As botas de cano curto e ténis, que exibiam, por seu lado, taxas que iam de 22 a 24%, serão taxados em 12%. As taxas praticadas sobre os produtos de cosmética passam, por sua vez, de 5 para 2%.
Uma evolução tão aguardada pelos atores desses diferentes mercados quanto pelos setores da moda e cosmética, que exibem na China uma taxa de imposto superior à média. Esta última ficaria assim em 9,8% do preço do produto, contra 14% de impostos em média no setor do vestuário e de 6,5% a 15% para os produtos de cosmética. Até mesmo com picos de 30%, segundo a agência China.org.
“As taxas de importação nessas áreas são avaliadas com base no valor das mercadorias”, explica Damon Paling, perito em tarifas aduaneiras na PriceWaterhouse Coopers. “Na China, nesses setores, as tarifas aduaneiras médias são claramente mais elevadas do que a média nacional. Elas são também muito mais elevadas que em muitos outros países de Ásia, que, para alguns setores, aplicam uma política de isenção de tarifas aduaneiras, assim como de IVA e de imposto sobre os produtos e serviços”.
Essas medidas tomadas por Pequim pretendem responder ao aumento da demanda doméstica do Império do Meio, cujo comércio retalhista viu mais uma vez um crescimento de 10% em abril.
Demanda que se choca com o nível mais elevado alcançado pela importação de produtos por causa dessas taxas. Nomeadamente no setor do luxo, onde a China pode exibir preços, por vezes, 20% superiores àqueles praticados nos mercados internacionais.
A China é, entre outras nações, o 6.º cliente da União Europeia em matéria de vestuário, com 1,070 milhões de euros (+17%) de mercadorias importadas em 2014. Às quais se juntam 1,600 milhões importados por Hong Kong.
O Império do Meio é também o 2.º cliente do setor têxtil europeu, com 1,700 milhões de euros importados no ano passado. Os Estados Unidos, por seu lado, exportaram 1,260 milhões de dólares de têxteis/vestuário em 2014 para a China.
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