Florent Gilles
23 de jun. de 2014
Christopher Bailey : "Meu trabalho não mudou tanto assim"
Florent Gilles
23 de jun. de 2014
Christopher Bailey apresentou em Londres uma colecção primavera-verão 2015 Burberry Prorsum das mais poéticas, voluntariamente agradável por sua paleta de cores (verde anis e oliva, açafrão, ocres, mostarda, vermelho alaranjado, magenta, azul marinho etc.) e, graças a um viés casual, que permitiu a chegada em massa de ‘sneakers’ e de materiais, como o denim, à linha de mais alta gama da marca.
Foi o primeiro desfile de Christopher Bailey desde que ele assumiu oficialmente como CEO o grupo Burberry, o que não parece ter mudado grande coisa no seu dia-a-dia, como ele mesmo realça ao FashionMag nos bastidores.
FashionMag: Este é o teu primeiro desfile como CEO do grupo Burberry. O que mudou no teu dia-a-dia no trabalho?
Christopher Bailey: Com certeza é uma responsabilidade a mais, mas o meu objetivo é sempre o mesmo quando venho para o trabalho e os meus dias não mudaram tanto assim. Tenho a sorte de poder trabalhar com uma equipa fantástica e muito eficiente, cuja maior parte encontra-se no estúdio de criação desde o meu início na Burberry há treze anos. É evidente que isso facilita o trabalho...
FM: Esta colecção parece explorar seguimentos que não são habituais da Burberry, como os ‘sneakers’ e o denim. Porquê?
CB: Eu realmente quis propor uma colecção um pouco mais desapegada e casual do que se fazia habitualmente. Um pouco mais agradável também em termos de estilo. É por isso que comecei a trabalhar com o denim, pois, na verdade, para mim, o denim é um tipo de tecido que se parece com a gabardina, nosso tecido predileto, com o qual produzimos os nossos famosos ‘trench coats’. São materiais incrivelmente auténticos e úteis. Gosto deles também porque estão relacionados tanto à moda masculina como à moda feminina e porque estão presentes em todos os momentos da vida, e é por isso que eu os empreguei neste desfile.
FM: Como tu descreverias o espírito desta temporada para a Burberry Prorsum?
CB: Relax, mas elegante. Ideal para a viagem, assim como eu quis apresentar, fazendo uma hiperligação com o trabalho do escritor britânico Bruce Chatwin, que publicou muitos contos de viagem. Nós também procuramos inspiração em antigas obras inglesas sobre viagem para retirar daí cores e elementos gráficos um tanto retro, que podem ser vistos nos estampados das bolsas de couro e nas malhas.
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