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15 de fev. de 2013
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Colômbia de portas abertas para o Brasil

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15 de fev. de 2013


Um mercado em crescimento, coleções com forte apelo de moda, medidas de defesa comercial contra a prática de dumping. Esses três elementos, combinados, parecem ter sido fundamentais para o sucesso das marcas brasileiras de calçados que participaram da International Footwear and Leather Fair (IFLS), que terminou na última sexta-feira, dia 8, em Bogotá, na Colômbia. O bom momento da economia local também foi fundamental para o crescimento das exportações para o País.

Destaque na participação brasileira, os infantis vieram com força para essa edição da feira. Do total de 16 marcas, Pimpolho, Ortopé, Bibi, Molekinha, Menina Rio, Klin, Grendene e Pampili representaram 50%, sendo que uma marca trabalha com masculino e as demais com feminino. “Sabemos que a Colômbia é um mercado em potencial, que absorve bem os produtos brasileiros. O que temos a oferecer em termos de infantil, é bem diferente do que o mercado está acostumado a encontrar”, declarou Joice Paulista, gerente financeiro da Menina Rio. Hudson Junior, do setor de exportação da Klin, concorda: “Falta moda para o infantil na Colômbia. Temos diferencial em conforto e em design”.

Os femininos também fizeram sucesso na mostra. “A moda bogotana é muito clássica. A temperatura é sempre abaixo dos 22 graus, e por isso, o consumidor não costuma seguir tendências. Mesmo assim, podemos perceber o quanto eles ficam encantados com nossa combinação de cores e de materiais”, conta Maria Patricia Freitas, da Unidade de Eventos da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados).

Essa atração por produtos brasileiros se nota no volume expressivo de vendas para o mercado, que coloca a Colômbia entre os top 10 destinos das exportações brasileiras. “É um mercado muito importante também em função da presença grande de turistas, principalmente em Cartagena e Medellin”, explica Marco Antonio Silva, gerente regional de exportações da Loucos e Santos.

SOBRETAXA - Outro aspecto que parece ter corroborado para o sucesso dos negócios brasileiros na mostra foi a recentemente lançada sobretaxa sobre calçados importados. “O extraordinário volume das importações, a preços irregularmente baixos, afetam o mercado significativamente, com uma concorrência desleal que iniciou uma crise econômica em 2010”, declara Luis Gustavo Flórez Eciso, presidente da Associação Colombiana das Indústrias de Calçados, Couro e seus Derivados (Acicam), organizadora da feira.

O decreto 74 de 23 de janeiro de 2013 estabelece uma taxa adicional de 10% mais US$ 5,00 por quilo bruto para os produtos classificados no Capítulo 64. No entanto, a taxa não se aplica para as importações originárias de países com os quais a Colômbia tem Acordos de Livre Comércio vigentes, como é o caso do Brasil. “Fiqu ei otimista com essa tarifação. Pode abrir um bom espaço para os produtos brasileiros”, avalia Carolina Muller, representante da Ramarim.

Juntas, as 16 marcas esperam realizar um total de US$ 3,5 milhões em negócios para o País em decorrência dos contatos realizados na 27ª edição da IFLS. As empresas participaram da mostra através do Brazilian Footwear, programa de promoção das exportações de calçados brasileiros, uma parceria entre Abicalçados e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

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