EUA e Hong Kong acabam com contrabando de roupa vindo da China

Los Angeles, Estados Unidos (Lusa) – As autoridades dos Estados Unidos anunciaram na terça-feira ter acabado, em cooperação com as congéneres de Hong Kong, com uma massiva operação de contrabando de vestuário fabricado na China.

Essa operação, que envolvia mercadorias avaliadas em mais de 600 milhões de dólares, consistia na importação ilegal para os Estados Unidos de peças de vestuário fabricado na China, sob o pretexto de que tinham como destino empresas no México quando, na realidade, eram distribuídas pelos Estados Unidos.

O objetivo era evitar quotas e direitos aduaneiros impostos pelos Estados Unidos, de acordo com as autoridades norte-americanas.

A investigação, lançada em 2000 pelos governos dos Estados Unidos e de Hong Kong, revelou que a operação de contrabando implicava intermediários na China, em Hong Kong e nos Estados Unidos e que envolvia mais de 7.000 contentores marítimos de vestuário.

Os serviços de migração e das alfândegas dos Estados Unidos (ICE) garantiram que essa operação ilegal representou mais de 60 milhões de dólares de taxas aduaneiras que não foram pagas.

Hong Kong e Estados Unidos vão partilhar 20,5 milhões de dólares em ativos e bens apreendidos no termo da investigação.

“Foi difícil obter esse montante compensatório, mas atesta a perseverança do pessoal dos dois continentes e implicados no desmantelamento” dessa rede, declarou Joseph Macias, responsável do ICE em Los Angeles.

Cinco pessoas, incluindo Armando Salcedo, o proprietário de uma empresa de camionagem em Los Angeles, foram indiciados no caso.

Salcedo declarou-se culpado em 2008 e foi condenado a 18 meses de prisão, enquanto os restantes quatro continuam a monte.