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Jornal T
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28 de jun. de 2017
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Este ano, a Lasa vai exportar um milhão de euros para o Japão

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Jornal T
Publicado em
28 de jun. de 2017

Exportar este ano um milhão de euros para o Japão é um marco – mas não deixa a Lasa eufórica, apesar de isso representar um crescimento na ordem dos 40% sobre os 700 mil euros vendidos neste mercado em 2016. “Em Portugal, faturamos mais na nossa rede de 15 lojas”, desvaloriza Casimiro Lemos, comercial da têxtil-lar controlada pela família Antunes.


Casimiro pensa em grande e diz que não ficará satisfeito se, no prazo máximo de cinco anos, não estiver a vender pelo menos três milhões de euros – “e só em felpos…” – para um mercado tão difícil como o japonês.

“O importante neste caso não é o valor, o milhão de euros, mas ser uma bandeira. Ser bem aceite no Japão ou o Canadá, os mercados mais exigentes do mundo, é uma espécie de certificação extra”, afirma o comercial da Lasa, acrescentando que os seus clientes japoneses fazem regularmente auditorias às fábricas do grupo em Guimarães, que passam essa prova com distinção – o único reparo até agora feito foi o facto de as operárias não usarem touca, situação rapidamente ultrapassada com a colaboração do sindicato.

Veterana na Interior Lifestyle Tokyo, a Lasa tem uma testa de ponte bem consolidada no Japão no segmento de felpos, onde arranjou um importador prestigiado, o grupo Hayashi, com quem já estabeleceu rotinas.

A Lasa visita os clientes em Osaka e Tóquio pelo menos três vezes por ano. O protocolo consiste em mandar a coleção à frente, para ser vista e revista, analisada e circular pelo retalho para recolher o feedback de quem está em contacto direto com o consumidor. Três semanas volvidas, a equipa comercial desembarca no Japão para acertar as encomendas.

Num país em que se usam toalhas para praticamente tudo – desde toalhas quentes para lavar as mãos antes das refeições, nos restaurantes, até toalhas 85 x 120 cm para enrolar à volta do pescoço e enxugar o suor durante o jogging – os felpos são um segmento atraente.

O desafio agora é conquistar uma boa posição na roupa de cama. E o primeiro passo nesse sentido está em vias de ser dado, com a escolha de um importador para este segmento. Durante a Interior Lifestyle Tokyo, a Lasa já estava na fase final deste processo, com as negociações restritas a dois grandes grupos de distribuição japoneses, sendo que está para breve a decisão final.

O Japão é olhado pela Lasa como a porta de entrada na Ásia, onde vai acumulando posições em alguns países, como a Coreia do Sul (“um mercado menos interessante que bate muito o preço”), Taiwan e Hong Kong, para onde, em conjunto, exportará meio milhão de euros/ano.

“A Europa está velha. É um mercado mais que maduro. É para a Ásia e Oceania que temos de nos virar. O nosso próximo grande objetivo é a Austrália”, conclui Casimiro Lemos.   

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