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23 de jul. de 2015
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Europa bane a presença do NPE do setor têxtil

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23 de jul. de 2015

Amplamente presente na indústria têxtil, o etoxilato de nonilfenol (NPE) apresenta "riscos inaceitáveis", segundo os membros da União Europeia, que decide proibir qualquer presença desse componente nas mercadorias importadas.

Greenpeace


O NPE se revela particularmente destrutivo para a fauna marinha, uma vez que os dispositivos de retratamento das águas não conseguem filtrá-lo decentemente. Sem que nos esqueçamos de que ele pode penetrar o corpo humano através da pele e provocar problemas de crescimento, hormonais e de fertilidade.
 
Utilizado para limpeza, lavagem e tonalidade dos tecidos, o produto havia sido colocado em destaque pelo Greenpeace em 2011, quando a ONG apontava ter encontrado traços do componente químico em dois terços dos produtos testados dentro da União Europeia. Estavam nomeadamente envolvidas as marcas Adidas, H&M, Lacoste ou ainda Ralph Lauren.

A proposta de proibição da presença desses produtos no Velho Continente fora feita oficialmente em 2013. Uma iniciativa de Suécia, apoiada pela Agência Europeia dos Produtos Químicos (ECHA, em sua sigla inglesa).
 
Agora o objeto de um acordo dos países membros, a medida deve ser adotada dentro das próximas semanas. Mas será preciso ainda aguardar cinco anos para que o texto entre em vigor.
 
O objetivo exibido de longa data pelo Greenpeace é conseguir que as grandes marcas proíbam, elas mesmas, a utilização do etoxilato de nonilfenol. "É preciso lembrar que alguns fabricantes simplesmente ignoram que manipulam produtos bastante poluentes", constatava já em 2012 Ulrike Kallee, perita da ONG em produtos químicos. "É por isso que nos viramos para as marcas para que elas se envolvam e sensibilizem seus parceiros".

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