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14 de jan. de 2016
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Exportações têxteis e vestuário podem atingir em 2016 meta dos 5.000ME traçada para 2020

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Agência LUSA
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14 de jan. de 2016

Frankfurt, Alemanha (Lusa) – O presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), João Costa, afirmou que o setor poderá atingir já este ano a meta de 5.000 milhões de euros de exportações que tinha sido traçada para 2020.

Foto: DR


"Vamos fechar o ano [2015] com 4,6% de crescimento [homólogo das exportações], ultrapassando os 4.800 milhões de euros, e se este ano voltarmos a crescer dentro da mesma grandeza ultrapassamos os 5.000 milhões de euros que em 2014 tínhamos previsto para 2020", afirmou o dirigente associativo em declarações aos jornalistas durante a feira de têxteis-lar Heimtextil, que decorre em Frankfurt, na Alemanha, até sexta-feira (15).

Segundo salientou João Costa, basta, aliás, ao setor têxtil e vestuário português crescer a um ritmo de 4% em 2016 para que seja atingida a meta de 5.000 milhões prevista no “cenário de ouro” traçado num estudo elaborado em 2014.

Segundo os últimos dados disponíveis, as exportações da indústria têxtil e vestuário nacional acumulam um crescimento homólogo de 4,6% até novembro de 2015, para 4.467 milhões de euros, estimando a associação que o setor tenha terminado 2015 com um crescimento próximo de 4,5%, para mais de 4.800 milhões de euros.

Considerando apenas as exportações do setor de têxteis-lar – representado por 75 empresas na Heimtextil, considerada "a mais importante" feira internacional de têxteis-lar e para hotelaria – o crescimento homólogo até novembro atingiu os 7,1%, para 647,8 milhões de euros, correspondente a uma quota de 14,5% no total das exportações da indústria têxtil e de vestuário e que coloca Portugal como o 5.º maior exportador mundial de têxteis-lar e artigos têxteis confecionados.

Em declarações aos jornalistas à margem da visita que efetuou à delegação portuguesa na Heimtextil, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que o objetivo foi "contactar diretamente com empresas de um setor que tem contribuído significativamente para o aumento das exportações portuguesas".

"Estou aqui a apoiar as empresas portuguesas que exportam e é com muita satisfação que vejo que a maior parte está na secção ‘premium’, porque têm produtos que merecem estar aqui", afirmou Caldeira Cabral.

Destacando o "momento muito bom" vivido no setor português dos têxteis-lar, o ministro destacou a "grande dinâmica" revelada pelo mercado espanhol [cujas exportações aumentaram 16,1%, para 138,4 milhões de euros] e também pelo norte-americano, "para onde se verificou um aumento muito substancial das exportações no ano passado [mais 25,9%, para 102,4 milhões de euros] e que se espera que continue a crescer".

"Isto está também a ser ajudado pela descida do euro face ao dólar, mas principalmente pela afirmação que este setor conseguiu como um setor de qualidade, em que os têxteis-lar portugueses se afirmam no mundo e junto dos consumidores de mais qualidade, fugindo da concorrência pelos produtos baratos”, sustentou, salientando que “é essa a estratégia de subir na cadeia da qualidade que o Ministério da Economia quer apoiar".

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