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Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
9 de jan. de 2018
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Exposição em Paris dedicada à Dior quebra recorde de 112 anos

Por
AFP
Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
9 de jan. de 2018

A visita de mais de 700 mil pessoas a uma exposição, em Paris, dedicada à marca Christian Dior quebrou um recorde de 112 anos, revelou a organização na segunda-feira.



A exposição, que terminou no domingo após seis meses em exibição, foi a mais popular de sempre no Museu de Artes Decorativas, em Paris, com os visitantes aguardando em média quatro horas na fila para conseguirem ver alguns dos mais emblemáticos designs da marca de luxo.
 
A exposição “Christian Dior, couturier du rêve” (“Christian Dior, designer de sonhos”) foi organizada para assinalar o 70º aniversário da marca, contando a história da Dior através de cerca de 300 vestidos de alta costura usados por estrelas como Marlene Dietrich ou Rihanna.

David Cameo, diretor do museu, disse à AFP que a afluência foi “um recorde absoluto”, a mais elevada de uma exposição nos 112 anos de história do museu.
 
A exposição também atraiu uma série de estrelas de Hollywood e top models – que foram poupados à espera nas filas -, incluindo Jennifer Lawrence, Robert Pattinson e Bella Hadid, alguns dos quais são embaixadores da marca.
 
Mas, nem todos ficaram felizes com a exposição. A revista francesa Marianne acusou a venerável instituição, situada ao lado do museu do Louvre, de se vender.

Museu como “vitrine”

A escritora Agnes Poirier acusou o museu de se tornar numa “vitrine para marcas comerciais…sob um disfarce de arte”, criticando também a sua anterior ligação com a fabricante de brinquedos Mattel por uma outra exposição extremamente popular sobre a boneca Barbie.

No entanto, Cameo disse à AFP que a enorme afluência foi uma bênção financeira para o museu, ajudando-o a angariar um grande excedente, que ajudará “a reequipar e pagar uma renovação nos estúdios de restauração”.
 
Em 2012, uma retrospectiva do trabalho do designer de moda norte-americano Marc Jacobs atraiu mais de 200 mil visitantes, um número que foi à data um recorde para a instituição, que é financiada pelo estado.
 
Em março, o museu espera dar continuidade ao sucesso da exposição sobre a Dior com outra iniciativa focada na moda, que se debruçará sobre a passagem do enigmático e misterioso designer belga Martin Margiela pela Hermès.
 
Esta será uma de duas exposições dedicadas ao criador que terão lugar na capital francesa esta primavera, estando prevista a inauguração, também em março, de uma retrospectiva do seu trabalho no museu da moda Palais Galliera.

Apesar de bater recordes, a exposição da Dior esteve longe de ser a mais popular de Paris em 2017. Esse posto é ocupado pela exposição "Icons of Modern Art” (Ícones da Arte Moderna), que atraiu 1,2 milhões de pessoas à Fundação Louis Vuitton. Esta exposição era composta por elementos da impressionante coleção de 250 quadros reunida pelo colecionador Sergei Shchukin antes da revolução bolchevique, nunca antes vista fora da Rússia.
 

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