H&M: vendas descem no quarto trimestre
A Inditex pode ter superado o mercado desafiante no último período, mas a igualmente gigante H&M não teve resultados tão bons. A marca sueca disse na sexta-feira que embora tenha “continuado a crescer globalmente em 2017, numa indústria em rápida mudança”, as vendas caíram no quarto trimestre.
A marca anunciou também que a sua marca principal irá seguir o exemplo da Monki com um lançamento na e-shop Tmall na China, que está em “conversações avançadas” acerca das restantes marcas fazerem o mesmo e ainda que irá lançar uma colaboração de vestuário masculino com G-Eazy na próxima primavera.
Mas, antes vamos aos resultados do quarto trimestre. Nos três meses até ao final de novembro, as vendas do grupo com IVA caíram 4% para 213,7 mil milhões de coroas suecas. No entanto, em moedas locais, as vendas caíram apenas 2%, pelo que as questões monetárias estão claramente a ter impacto, ainda que o panorama geral das vendas não seja tão positivo sem esse elemento.
O grupo continuou a crescer durante o ano, mas esse crescimento foi “amortecido” pelo quarto trimestre, com as vendas no último período “significativamente abaixo das próprias expectativas da empresa”.
A mesma informou que, embora as vendas online tanto da H&M como das suas outras marcas tenham “continuado a desenvolver-se bem”, o trimestre foi fraco para as lojas físicas da H&M, “que foram afetadas negativamente por uma situação de mercado continuamente desafiante, com uma diminuição da afluência às lojas devido à constante mudança na indústria”.
Além disso, houve “desequilíbrios em partes da oferta da marca H&M”, o que basicamente significa que os produtos estavam errados. “Para corrigir isto, foram tomadas diversas medidas e a equipa de gestão da marca H&M foi recentemente fortalecida”.
A empresa disse que, para “responder ainda mais rápido ao comportamento em rápida mudança dos consumidores, a jornada de transformação da empresa está a ser acelerada”. Entre outras coisas, esta inclui um movimento em direção ao omnichannel e “intensificar a otimização do portfólio em loja da marca H&M– levando a mais encerramentos de lojas e menos aberturas”.
BOAS NOTÍCIAS
Mas, também houve boas notícias na sexta-feira, com a marca a anunciar que iria estender a sua colaboração na e-shop Tmall, da Alibaba, às marcas H&M e H&M Home.
A H&M abriu a sua primeira loja na China continental há dez anos e, atualmente, as suas receitas no país chegam aos 11 mil milhões de coroas suecas (1,3 mil milhões de dólares) em mais de 500 lojas físicas e online. A marca Monki registou um forte desenvolvimento na China desde o seu lançamento na Tmall, o que está a dar confiança ao grupo não só para lançar na e-shop a própria marca H&M, mas também para conduzir conversações acerca do lançamento das suas restantes marcas.
E houve mais boas notícias, já que a empresa disse que o artista e produtor multi-platina G-Eazy, que hoje lança mundialmente o seu novo álbum The Beautiful & Damned, trabalhou com a H&M para desenvolver “peças para a nova temporada da H&M, que definem o seu estilo”.
A coleção G-Eazy X H&M estará disponível a 1 de março em lojas H&M em todo o mundo, bem como online.
“O G-Eazy é um homem tão cool, ele representa a moda masculina do momento e tem sido um verdadeiro prazer trabalhar com ele nestas peças. Adoramos a forma única como combina streetwear com alfaiataria, e a sua paixão pelo xadrez e cores vivas”, disse Andreas Löwenstam, diretor de design do departamento de roupa masculina da H&M.
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