Agência LUSA
22 de jul. de 2013
Indústria de vestuário vai tirar as medidas aos portugueses
Agência LUSA
22 de jul. de 2013
Lisboa – A indústria de vestuário vai tirar as medidas a 2.000 portugueses para conhecer as suas características físicas e poder adequar o desenho e o tamanho das peças que produz aos clientes. No âmbito do projeto Sizing_Sudoe (sudoeste europeu), o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e Vestuário de Portugal (CITEVE) vai realizar já este verão medições a 1.000 homens e 1.000 mulheres, sobretudo em zonas balneares, numa recolha inédita em Portugal para melhorar o desenho e adequar o tamanho do vestuário aos portugueses.
O diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Paulo Vaz, afirmou que “nunca se tiraram as medidas aos portugueses de forma científica”, sendo “um trabalho que se impõe”. “É um projeto para alinhar as práticas com a maioria dos países desenvolvidos em que a indústria da moda tem uma base científica quantitativa realizada numa amostra, que é relevante para perceber as características do universo em que está a trabalhar”, explicou o responsável da associação empresarial.
Paulo Vaz explicou que “a roupa que se fabrica (para o mercado nacional) é muito na linha dos padrões internacionais, isto é, ajustam-se as medidas das tabelas internacionais à realidade portuguesa de forma empírica”, o que, admite, dá azo a muitas queixas por parte dos consumidores. “Uma das razões que nos levou a conduzir um estudo desta natureza é a existência de muitas queixas, porque o consumidor quando chega a uma loja muito raramente encontra roupa correspondente”, disse, adiantando que “muitas vezes os portugueses não satisfazem o desejo de compra, porque não encontram peças à sua medida”.
Numa primeira fase, o CITEVE fará a recolha das medidas antropométricas 3D, com recurso a um ‘scanner 3D’, informação que depois de tratada e compilada numa base de dados será transferida para as empresas de confecção, que contarão com serviços de assessoria para melhorar o desenho de vestuário.
O projeto, cofinanciado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, vai também realizar-se ainda em Espanha e França, através das associações empresariais e centros de investigação locais.
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