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Novello Dariella
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22 de out. de 2018
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Inteligência artificial tem desenvolvimentos embrionários, mas promissores para o comércio

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
22 de out. de 2018

Personalização, logística, pesquisa visual, gestão de marketplaces, chatbots...Um estudo da KPMG para a Federação de e-commerce (Fevad) fez um balanço da inteligência artificial (IA) e das suas oportunidades aplicadas às vendas online, uma área onde o nível de IA utilizado ainda é básico, mas oferece vastas possibilidades de reforço.


IA utilizada hoje para o e-commerce continua "básica", segundo a KPMG e a Fevad - Shutterstock


São destacados três níveis de inteligência artificial: o primeiro refere-se a uma IA capaz de obedecer, o segundo a uma IA com capacidade de aprendizagem (ou machine learning); e o terceiro a uma IA capaz de raciocinar, de conduzir uma aprendizagem autónoma, realizar análises preditivas e emitir hipóteses. São tantos recursos que, de acordo com a KPMG, abrirão caminho para "comércio online sem ecrã, por meio de comandos de voz com potencialmente soluções muito diferentes dos assistentes atuais, como visualização 3D e compras em realidade virtual e, por fim, entrega instantânea por drone com base em algoritmos de demanda preditores.

Por enquanto, um terço de todos os comerciantes online começaram a testar ou usar soluções de inteligência artificial para cinco áreas específicas. A melhoria da experiência através da personalização é a mais difundida, com 70% das soluções dedicadas à recomendação e ao marketing personalizado usando IA. O que permite a generalização do marketing preditivo, que permite solicitar na hora certa e para o produto certo uma categoria de potenciais compradores.

A logística é, até ao momento, a área de aplicação mais madura e comum da IA. Além da multiplicação de robots nos armazéns, a inteligência artificial facilita as abordagens omnicanal, permitindo unificar facilmente os stocks físicos e online, acelerando as possibilidades do click & collect e, mais recentemente, abrindo caminho para o ship-from-store, que é o envio de um pedido online diretamente do stock de uma loja localizada nas proximidades. Outro grande campo de aplicação da IA, segundo a KPMG, é a pesquisa visual, com uma proliferação do "shazam visual", especialmente na moda, que permite procurar um produto similar ao fotografado. Uma possibilidade de análise visual que se irá integrar gradualmente nas redes sociais.

Mas, uma das áreas em que a IA do futuro é mais esperada é, sem dúvida, a das bases de dados. "Os grandes marketplaces dos pure players da web perceberam que no futuro, para competir será fundamental investir em inteligência artificial e base de dados", aponta a KPMG, que indica um aumento de IA destinada a classificar e referenciar da melhor forma possível todos os produtos oferecidos. E isso para se destacar mais claramente nas pesquisas. Mas, a parte da IA ​​à qual o consumidor permanece mais exposto até ao momento é o chatbot. Estes multiplicaram-se rapidamente, programados para responder às perguntas recorrentes ou passar para o funcionário as questões mais complexas. Um avanço que esconde um outro, os assistentes pessoais de voz, nos quais Google e Amazon estão a apostar.

"Graças à explosão do número de dados disponíveis e ao crescimento exponencial do poder de cálculo dos computadores, a inteligência artificial já não é um conceito futurista e os retalhistas eletrónicos perceberam isso", explica Marc Lolivier, responsável da Fevad. "No entanto, os comerciantes online ainda têm obstáculos para o desenvolvimento da inteligência artificial, como a integração com os sistemas de informação existentes, o tempo para o desenvolvimento e implementação de um algoritmo poderoso, os erros da máquina que exigem intervenção humana, etc.”, continua Marc Lolivier, prevenindo que "ainda estamos no início do desenvolvimento"

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