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Estela Ataíde
Publicado em
20 de set. de 2018
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Jil Sander, minimalista e sofisticado

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
20 de set. de 2018

Atmosfera quase tropical chez Jil Sander, que escolheu desfilar na quarta-feira numa fábrica de panettones abandonada, onde a vegetação abre caminho, aqui e ali, entre a tijoleira de terracota quebrada. Austera, mas interessante na busca de formas e materiais, a coleção da marca alemã insere-se na perfeição neste espaço vazio cujas paredes estão cobertas de salitre, o assobio dos pássaros ressoa e o sol é filtrado pela claraboia em ruínas.

Desfile Jil Sander primavera-verão 2019 - Pixel Formula


Para a primavera-verão de 2019, o casal criativo formado pelos estilistas Lucie e Luke Meier continuou o trabalho introspetivo iniciado há um ano no seio da marca, para atualizar o espírito com pequenos toques. A coleção continua muito gráfica, seguindo a veia minimalista que caracteriza a Jil Sander, além de multiplicar as direções em termos de construções, materiais, formas e pesos.

A paleta é sóbria, variando de numerosos looks totalmente brancos ou pretos até tonalidades naturais (écru, amêndoa e chocolate). As cores chegam com numa série de peças de malha que abraçam a longitude do corpo através de grandes coletes e saias maxi que conferem um toque de suavidade a um guarda-roupa de silhuetas por vezes demasiado abruptas. De facto, os criadores inspiraram-se no uniforme para desenvolver um vestuário muito masculino-feminino.

As calças amplas têm lugar de destaque, associadas a túnicas de formas geométricas, de comprimentos variados, ou a grandes camisas-casaco, para formar fatos XL monocromáticos. Essas mesmas túnicas largas escorregam sobre saias plissadas. O guarda-roupa é então enriquecido com peças transparentes em tecidos impalpáveis sobrepostos uns sobre os outros, vestidos compridos em crochetpullovers largos com desenhos abstratos... Tudo muito largo. Talvez demasiado.

Nesta temporada, Luke e Lucie Meier também se concentram nos acessórios, destacando o artesanato italiano, com um grande trabalho de pesquisa no calçado e nas carteiras (minúsculas ou maiores dotadas de uma pega de um lado e de uma alça do outro).

Alguns modelos deverão fazer as delícias das fashionistas, como a reinterpretação das sandálias geta japonesas com uma sola alta compensada ou os botins planos de couro com cordões que lembram os sapatos de ballet, decorados com um aro em torno do tornozelo. Outro acessório original, as meias opacas que sobem até às coxas e cobrem o calçado, deixando à vista apenas os dedos dos pés.

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