Kering: divisão de luxo fecha o primeiro semestre com crescimento de quase 30%

Paris, 27 de julho de 2017 (AFP) - O grupo de luxo e vestuário disse estar "confiante" com o ano de 2017, após obter resultados recordes no primeiro semestre, com um aumento de 78% no lucro líquido e 28% nas vendas.

O grupo, que detém cerca de vinte marcas como, Gucci, Yves Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga e Puma, registou um lucro líquido de 825.8 milhões de euros, enquanto as vendas atingiram 7.3 bilhões de euros. Os números ficaram em linha com as previsões dos analistas da FactSet.

O resultado operacional corrente aumentou 57% para 1.27 bilhões de euros. Em comunicado, o CEO do grupo, François-Henri Pinault, elogiou o "crescimento excecional" nas vendas e os "níveis recordes de receita e margem operacional”. “Esta excelente primeira metade do ano reforça a nossa confiança na capacidade do grupo em evoluir nos resultados e melhorar o desempenho operacional, depois de um ano de 2016 recorde", declarou Pinault.

A Kering, no entanto, ressaltou que "opera num ambiente que permanece incerto, seja pelo ambiente macroeconómico ou pelos desafios geopolíticos, com eventos específicos que podem afetar os padrões de consumo e os fluxos do turismo”.

Numa base comparável, as vendas aumentaram 26,5% nos últimos seis meses, em relação ao mesmo período do ano passado, e o ritmo do segundo trimestre (+ 24,6%) foi apenas ligeiramente inferior ao primeiro (+ 28,6%).

As vendas da divisão de luxo, pilar do grupo, aumentaram 28,3% para 5.03 bilhões de euros. A divisão de desportos e estilo de vida, na qual a marca Puma representa o grosso das vendas, teve um aumento de 14,3% e ultrapassou pela primeira vez a linha dos 2 bilhões de euros no período.

A Gucci, que sozinha responde por mais de metade do negócio de luxo, continua a crescer de forma "excecional" (+ 43,4% em base comparável), atingindo um volume de negócios de 2.8 bilhões de euros. A sua receita operacional corrente aumentou 69%, para 907.3 milhões de euros.

A Yves Saint Laurent também continuou a sua "forte trajetória de crescimento", com as vendas a subir 28,5%, para 710,8 milhões de euros. O lucro operacional corrente da marca aumentou para 163,5 milhões de euros (+ 50%).