Reuters API
Novello Dariella
26 de jan. de 2018
Kering negoceia a venda da sua participação na Stella McCartney
Reuters API
Novello Dariella
26 de jan. de 2018
O grupo francês de luxo Kering, que detém 50% de participação na marca Stella McCartney desde 2001, disse que está a negociar a venda da sua parte à estilista homónima, conhecida pelas suas elegantes criações e o seu compromisso em não usar peles ou couro. Apesar disso, a empresa não confirmou se isso se concretizará.
"Temos discussões regulares sobre o futuro da parceria. Qualquer mudança significativa na relação atual tornar-se-á, naturalmente, pública no momento apropriado", disse Kering numa declaração por e-mail.
Stella McCartney, nascida em Londres, ganhou destaque na sua carreira quando trabalhou na marca de moda Chloé, do grupo Richemont, e posteriormente lançou a sua marca própria em parceria com o grupo Gucci, anteriormente uma divisão do que é a Kering hoje.
A Kering não divulgou as receitas da marca, mas sabe-se que a Stella McCartney é um contribuinte muito menor do que marcas como Gucci, o maior gerador de lucro do grupo - ou Saint Laurent e Bottega Veneta.
Uma possível venda pode estar por vir, já que a Kering se prepara para vender a marca alemã de roupas desportivas Puma, aos seus próprios acionistas, um jogada bem recebido pelos analistas, que enfatiza o foco do grupo em marcas de luxo de alta margem.
Alguns acreditam que um afastamento da marca Stella McCartney também pode ser positivo, pois a Kering estará a priorizar marcas com maior potencial de crescimento. O grupo deve anunciar os seus resultados financeiros de 2017 a 13 de fevereiro.
"A Stella McCartney é uma das menores marcas de luxo da Kering, inserida na categoria ‘other luxury’ e, por isso, é muito provável que seja um pouco diluente para a lucratividade", disseram analistas da Berenberg num comunicado.
As ações da Kering subiram 3,2% na manhã da sexta-feira (26).
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