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Novello Dariella
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28 de nov. de 2017
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LVMH faz de Itália a sua fábrica de luxo

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Novello Dariella
Publicado em
28 de nov. de 2017

A LVMH está muito interessada na Itália. Após inaugurar, em março, a maior fábrica de joalharia da Europa, a nova fábrica da Bulgari, construída em Valenza, na região do Piemonte, o gigante de luxo está a concentrar-se na Toscana, onde tem planos de expansão para as suas fábricas da Fendi e Céline. O grupo também anunciou a construção de uma nova unidade de produção em Longarone, na região nordeste de Itália.


A nova e moderna fábrica da Bulgari foi inaugurada em março, em Valenza. - LVMH


"Esta fábrica será a nossa 24ª na Itália. Trata-se de um estabelecimento que será concluído e estará operacional no início de 2018. Está a ser construído com a Marcolin, nossa parceira no fabrico de óculos, através da joint-venture Thelios, da qual detemos 51% de participação. Vamos começar com a produção das coleções de óculos da Céline", disse o vice-presidente executivo da LVMH, Antonio Belloni, na véspera da cerimónia de abertura do programa de formação profissional do grupo em Itália, o "Institut des Métiers d’Excellence”, IME (Instituto dos Ofícios de Excelência), em Florença.

"Produzimos na Europa 90% da nossa oferta, e mais de 80% dela é vendida além das fronteiras europeias. Grande parte desta produção é feita em Itália", disse o executivo, lembrando que a LVMH emprega 8 mil pessoas na península, 1.000 delas contratadas em 2017, além de contar com 220 lojas na região, bem como pelo menos sete marcas "transalpinas" no seu portfólio (Emilio Pucci, Bulgari, Fendi, Loro Piana, Acqua di Parma, a fabricante de calçado Rossimoda e os cafés Cova).

O líder mundial em luxo investiu nos últimos anos, entre 2012 e 2016, 100 milhões de euros ao ano em Itália. Um investimento que aumentou para 150 milhões em 2017 e deve continuar nos próximos anos com muitos novos projetos.

Em Florença, Antonio Belloni confirmou a expansão da fábrica de artigos de couro da Céline em Radda in Chianti, que será construída em 2018 e começará a operar em 2019. “Primeiro daremos um salto com qualidade, com muitas contratações. A equipa de funcionários vai passar de 130 para 380-400 pessoas”, informou o gestor. 

A outra iniciativa diz respeito à Fendi, que tem 350 contratações planeadas, além da construção de uma fábrica especializada em artigos de couro em Bagno a Ripoli, próximo de Florença, onde o grupo acaba de adquirir um espaço de 90 000 m2. A fábrica será destinada, principalmente, ao desenvolvimento de produtos e protótipos. Também está previsto um espaço dedicado a peles exóticas. A produção deverá começar no verão de 2019.

Antonio Belloni, diretor executivo do grupo - LVMH - LVMH


Também em Itália, em 2018, a sede da Loro Piana mudará de endereço em Milão, para se instalar nas antigas instalações do jornal Corriere della Sera, na Via Solferino, enquanto em Florença a LVMH quer valorizar ainda mais o palácio Pucci, detido pela família fundadora da marca, para torná-lo "um centro de atividades para o grupo", além de abrir o local ainda mais ao público. Além dos arquivos de Emilio Pucci, este suntuoso palácio abriga atualmente a sede italiana do Institut des Métiers d’Excellence.

Antonio Belloni deu a entender que outros projetos importantes estão a ser estudados para as fábricas do grupo em Itália, mas não deu mais detalhes. Louis Vuitton pode ser a próxima marca na lista.

Quanto às previsões para 2018, o gigante do luxo, que teve um aumento de 14% nas suas vendas para 30,1 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, pretende "fazer um pouco melhor do que em 2017'. "Vamos continuar a fazer um bom progresso, levando sempre em consideração alguns fatores geopolíticos de risco, bem como um euro um pouco menos favorável", concluiu Belloni.

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