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Agência LUSA
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29 de ago. de 2014
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Liga dos Bombeiros manda analisar em centro têxtil equipamentos de proteção

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Agência LUSA
Publicado em
29 de ago. de 2014

Vila Nova de Poiares (Lusa) – O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Soares, disse que a instituição vai mandar analisar em laboratório a qualidade dos equipamentos de proteção cuja eficiência foi posta em causa pelos Bombeiros de Farejinhas.

Em declarações à agência Lusa, Jaime Soares revelou que a LBP pediu aos Bombeiros Voluntários de Farejinhas, em Castro Daire, um dos equipamentos de proteção individual danificados, a fim de o remeter para análise ao Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).


“É necessário que a situação não se repita no futuro. Estes equipamentos têm de ter qualidade para que a integridade física dos bombeiros esteja assegurada”, adiantou.

Salientando que cabe à LBP “defender intransigentemente a segurança e os direitos dos bombeiros”, Jaime Soares explicou que um dos dois dólmenes perfurados pelo fogo será enviado ao CITEVE, “para não haver especulações”.

A 11 de agosto, a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões foi confrontada com uma reclamação dos Bombeiros de Farejinhas, que se queixaram de terem ficado com dois dólmenes danificados num incêndio.

O presidente da CIM, José Morgado, rejeitou hoje qualquer tipo de responsabilidades no que toca à qualidade dos equipamentos de proteção individual para bombeiros entregues às corporações do seu território.

Os equipamentos foram entregues, nos dias 17 de julho e 05 de agosto, às 21 corporações dos concelhos que integram o território da CIM Viseu Dão Lafões. Jaime Soares disse à Lusa não ter conhecimento, a nível nacional, de outras reclamações sobre a qualidade dos materiais de proteção individual.

No ano passado, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) e a LBP celebraram com as CIM uma parceria que visava a distribuição de 50% desses equipamentos às corporações de bombeiros, ficando as comunidades intermunicipais encarregadas de os adquirir e entregar.

“Este processo tem registado atrasos e não tem decorrido da melhor forma”, referiu, responsabilizando “algumas CIM por este descuido grosseiro e grave”. Na sequência destes problemas, a compra dos restantes 50% dos equipamentos foi posta a concurso pela ANPC, já sem a participação das comunidades intermunicipais, acrescentou Jaime Soares.

Entretanto, em comunicado divulgado hoje, a Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) veio questionar os critérios adotados pela ANPC no novo concurso, no valor de 5,7 milhões de euros.

Por exemplo, o presidente da associação, Rui Silva, diz não compreender “que se discriminem os bombeiros ao adjudicarem botas a um custo de 98 euros o par” para metade dos lotes, enquanto para as restantes o preço seja de 136 euros.

“Associada à diferença no custo, está logicamente a qualidade e a proteção”, o que leva a APBV a recusar “que se continue a tratar os bombeiros de forma diferenciada”.

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