Agência LUSA
23 de mar. de 2016
Lojas tradicionais de Lisboa querem contenção no número de mercadinhos de rua
Agência LUSA
23 de mar. de 2016
Lisboa (Lusa) – O Círculo das Lojas de Caráter e Tradição, iniciativa do movimento cívico Fórum Cidadania Lx, pediu à Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, para restringir a proliferação de 'mercadinhos de rua' na Baixa da cidade.
Num comunicado, o Círculo afirma que os mercadinhos começaram por se realizar em quadras festivas e épocas de férias, mas agora "já vêm sendo realizados no resto do ano".
"Se por um lado é aceitável e compreensível que em Lisboa se permita e acarinhe o aparecimento desses mercaditos, como forma de se atrair mais visitantes à Baixa", aquele movimento considera que também tem alguns aspetos preocupantes.
Para o Círculo, esses mercados não podem "prejudicar de forma nenhuma as lojas de caráter e tradição, que ainda existem nessas mesmas zonas, com produtos similares (às vezes iguais) que esses mercados vendem".
No comunicado, recorda-se que as lojas pagam impostos, taxas de ocupação do espaço público e garantem resposta às reclamações de clientes, entre outros.
"Assim, se se aceita que um 'mercadinho de rua' se realize pontualmente no Terreiro do Paço, por exemplo, […] já o mesmo não se pode permitir na Praça da Figueira, no Rossio, no Martim Moniz ou nos Restauradores, sobretudo no que toca aos produtos alimentares", lê-se no documento.
Por tudo isso, o Círculo das Lojas de Caráter e Tradição pedem ao presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho (PS), que tenha em consideração essas situações "profundamente injustas e revoltantes", lembrando ainda as dificuldades que a nova lei das rendas trouxe ao mercado de arrendamento.
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