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Novello Dariella
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2 de fev. de 2018
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Macy's vai lançar coleção de roupa para muçulmanos

Traduzido por
Novello Dariella
Publicado em
2 de fev. de 2018

A Macy's acaba de anunciar uma parceria com a Verona Collection, uma loja especializada em roupas islâmicas modernas. A partir de 15 de fevereiro, as lojas da Macy's nos Estados Unidos venderão uma seleção de peças prêt-à-porter modestas, incluindo hijabs.


Verona Collection


A coleção foi criada pela fundadora da Verona Collection, Lisa Vogl, que se formou em 2017 pelo "The Workshop" na Macy's, o programa de desenvolvimento de negócios para minorias da retalhista americana.
 
"Queremos nutrir e apoiar as empresas de minorias e mulheres para desenvolver as suas capacidades e para que se tornem a próxima geração de parceiros de retalho", disse Shawn Outler, vice-presidente executivo da Macy’s - Licensed Businesses, Food Services e Multicultural Initiatives, num comunicado.

Quando se trata de roupa para muçulmanos, a indústria da moda norte-americana tem deixado a desejar. A demanda não atendida ficou evidente quando um lenço para cabeça lançado pela American Eagle no ano passado esgotou em duas semanas.

Em dezembro, a gigante de roupas desportivas Nike lançou o seu primeiro hijab criado especificamente para atletas muçulmanas. O produto está atualmente esgotado, e é esperado um novo stock em abril.
 
Retalhistas como a DKNY lançaram coleções durante o mês do Ramadão e da Eid, e até mesmo a Dolce & Gabbana criou lenços e abayas coordenados. A maioria das coleções, no entanto, visa clientes muçulmanos nos mercados crescentes do Médio Oriente, onde uma classe média jovem e crescente inclui consumidores de moda e de luxo. Na América, as mulheres muçulmanas tiveram muitas vezes que fazer compras online de outras partes do mundo.
 
Espera-se que o Islão seja a segunda religião mais importante dos Estados Unidos até 2050. Embora nem todas as muçulmanas optem por usar abayas ou hijabs, as mulheres e meninas muçulmanas são um nicho crescente de retalho.
 
O consumo mundial de muçulmanos com moda vai andar em torno de 464 mil milhões de dólares até 2019, de acordo com um relatório da Campanha. O gasto com cosméticos no mesmo período é estimado em 73 mil milhões de dólares.

A indústria de cosméticos dos Estados Unidos, estimulada por influenciadores de beleza muçulmanos, está a tornar-se mais sensível às mulheres que não se veem representadas nos produtos de beleza convencionais. Uma das maiores tendências nos últimos anos tem sido o aumento da beleza halal - produtos adquiridos e fabricados de acordo com a lei islâmica Sharia. E o mercado global de cosméticos halal deverá atingir 52,02 mil milhões de dólares até 2025, de acordo com a empresa de consultoria Grand View Research.
 
No final do ano passado, como informou a Fashion Network, a empresa 786 Cosmetics, com sede em Chicago, lançou a sua marca de verniz halal e, anteriormente, a Orly, que tem sede em Los Angeles, também lançou a sua coleção halal, com nomes muçulmanos para as cores dos vernizes. 
 
Além dos muçulmanos, muitos consumidores não-muçulmanos também adotam roupas mais compridas, soltas ou cosméticos Halal como uma questão de escolha pessoal.
 
Há alguns anos, a empresa contratou a designer japonesa e britânica Hana Tajima para criar a sua primeira coleção de roupa muçulmanas para os mercados do Sudeste Asiático. Hoje, a coleção está disponível nas flagships da Uniqlo ao redor do mundo, inclusive nos Estados Unidos. A marca já não comercializa a coleção como "muçulmana" ou "modesta" - mas como coleção "Hana Tajima Lifewear”.

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