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24 de out. de 2016
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Mercado mundial do luxo deve se contrair 1% em 2016

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AFP
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24 de out. de 2016

O mercado mundial dos produtos de luxo, habituado ao crescimento, deve terminar 2016 em queda de 1% com taxa de câmbio corrente, segundo o estudo anual da consultadoria Bain and Company, que destaca o impacto das flutuações monetárias, mas também dos atentados na Europa. O mercado dos produtos pessoais de luxo, ou seja, a marroquinaria, a moda, a relojoaria, a joalharia e os perfumes e cosmética de marca, deve representar um volume de negócios de 249 mil milhões de euros, contra 253 mil milhões para o ano de 2015.

Desfile de alta-costura outono-inverno 2017 - Chanel


Com taxa de câmbio corrente, o avanço do mercado havia sido de 12% em 2015 e de 3% em 2014, assim como em 2013. As variações de taxas de câmbio e os atentados na Europa tiveram em especial "um impacto sobre a confiança dos consumidores e os fluxos turísticos", resume o estudo, publicado quinta-feira, 20, e realizado em parceria com a Fundação Altagamma, que reúne os grandes nomes do luxo italiano.
 
Na China, se o consumo local de produtos de luxo avança, não basta para contrabalancear a queda das compras de turistas chineses no estrangeiro, em especial na Europa", destaca a consultadoria: ela sublinha que "pela primeira vez na história, os consumidores chineses diminuíram sua contribuição para o mercado global do luxo de 31% em 2015 para 30% em 2016". Em Hong Kong e Macau, o setor dá continuidade ao seu declínio, com uma queda esperada de 16% (com taxa de câmbio corrente).

Quanto aos Estados Unidos, o mercado acusa uma queda de 3% com taxa de câmbio corrente sobre um ano, "as marcas de luxo presentes no território americano continuam a sofrer com o declínio do turismo em razão de um dólar forte e de um consumo local fraco".
 
Na Europa, a depreciação da libra provocou um crescimento das compras turísticas, mas França e Alemanha sofrem os efeitos dos atentados.
 
"O mercado do luxo atingiu um ponto de maturação. Nós começamos a ver emergir uma clara polarização em termos de desempenho entre os vencedores e perdedores", resume Claudia D'Arpizio, associada na Bain e principal autora do estudo.
 
Tendo num horizonte 2020, a consultadoria, cujo estudo anual é uma das referências para a indústria do luxo, estima que o mercado poderia atingir os 280-285 mil milhões de euros, ou seja, "um crescimento anual de +3 a +4% a partir de 2017", mostrando-se ao mesmo tempo "prudente" em razão das dificuldades que poderiam apresentar-se.

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