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12 de out. de 2015
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ModaLisboa: Alexandra Moura levou 'O Milagre das Rosas' à passerelle do Pátio da Galé

Por
Agência LUSA
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12 de out. de 2015

Lisboa (Lusa) – A designer de moda Alexandra Moura levou na sexta-feira ‘O Milagre das Rosas’ à passerelle do Pátio da Galé, no âmbito da ModaLisboa, encerrando assim o segundo dia da 45.ª edição da iniciativa.

Nesta coleção, segundo a sua criadora, “a silhueta e os pormenores foram trabalhados para recontar a história, transformando-os como se de um milagre se tratasse”. Mais uma vez, Alexandra Moura optou por silhuetas ‘oversize’, tanto para homens como para mulheres. Destaque para pormenores como laços e flores, presentes na grande maioria das peças apresentadas, que variaram entre o vermelho, o azul, o rosa pálido e o preto.

Desfile Alexandra Moura - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - ModaLisboa


Os desfiles começaram pelas 14:30 nos Paços do Concelho, com a apresentação das propostas de Nair Xavier e Olga Noronha para a primavera do próximo ano.

A coleção ‘Ermo’, de Nair Xavier, segundo a própria, “espelha a aridez dos desertos africanos, contrastante com a vibração do passado e presente”. A jovem criadora aposta em cores neutras, com uma mistura de padrões geométricos.

Nesta edição, Olga Noronha – que cria joalharia medicamente prescrita – não optou pelo formato clássico de um desfile. A designer dispôs as manequins ao longo do corredor do segundo andar dos Paços do Concelho como se fossem estátuas, e quem ‘desfilava’ era o público para poder apreciar de perto as peças.

‘HAIR|lucination’ “enfatiza a ausência e perda de cabelo, por alopecia e efeitos secundários de tratamentos quimioterapêuticos”.

“Assim se metaforiza a sua inexistência, recorrendo a uma total abundância de cabelo, trabalhado nas mais diversas formas, dando asas a uma ‘quase-alucinação’ capilar”, explica a jovem designer.

O calçado das manequins foi leiloado durante e após o desfile e os lucros reverteram na totalidade a favor do Instituto Português de Oncologia (IPO).

Desfile Christophe Sauvat - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


Os desfiles seguiram depois na passerelle do Pátio da Galé com a coleção ‘In-Between’ de Ricardo Andrez, na qual “a transparência é uma condição”, que se torna “aparente através de elementos naturais e materiais sintéticos”.

Já o criador francês Christophe Sauvat criou a sua coleção a pensar numa mulher “moderna, cosmopolita, que viaja muito, que tanto pode estar em Nova Iorque hoje, como à noite num cocktail e amanhã nas ilhas gregas”. O algodão foi o material de eleição do criador francês.

O designer de joias Valentim Quaresma trouxe à ModaLisboa ‘Habitat’, na qual criou “um imaginário irreal através da manipulação de tecidos e de metal, resultando uma exaltação de texturas com um caráter orgânico”.

Para a próxima estação optou por usar materiais como resinas, latão, cobre, turquesas, rubis, esmeraldas, fio de algodão e neoprene.

A coleção da Saymyname, de Catarina Sequeira, é “funcional e tem como fonte de inspiração uma mulher subtil mas ao mesmo tempo sexy, em vestidos e tops cai-cai com barras que percorrem os cortes criando sombras dramáticas”.

Nos materiais a criadora optou, entre outros, pela malha de seda, tweed de algodão e napa estampada. Já nas cores as preferências foram para o preto, o branco, os azuis, o coral e a mostarda.

Desfile Miguel Vieira - primavera-verão 2016 - womenswear - Lisboa - Foto: ModaLisboa


Miguel Vieira trouxe ‘Mondrian’, coleção que apresentou em setembro em Milão durante a semana da moda daquela cidade italiana, e teve como principal fonte de “inspiração gráfica a arte abstrata”.

Os tecidos usados, entrançados manualmente, formam padrões que remetem para quadros do pintor holandês Piet Mondrian. Nas cores, Miguel Vieira optou pelo preto, o branco e o azul cobalto, já nos materiais deu primazia, entre outros, ao crepe de seda, aos algodões, a puras lãs virgens e a tecidos estruturados padronizados.

Para a próxima estação, Ricardo Preto apostou numa silhueta “fluida e longa” para uma “mulher do mundo”.

Nos materiais, o criador deu primazia à seda, ao algodão e ao modal. Já nas cores optou pelos azuis, verdes, encarnados, ‘nudes’ e brancos.

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