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13 de nov. de 2017
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Moncler encerra as suas melhores linhas e despede-se dos estilistas Valli e Browne

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Reuters API
Traduzido por
Novello Dariella
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13 de nov. de 2017

A empresa italiana Moncler, conhecida pelos seus casacos de luxo, tornou pública uma mudança de estratégia que encerra as linhas Gamme Rouge e Gamme Bleu e se despede dos estilistas Giambattista Valli e Thom Browne, que deixarão a empresa para se focarem nas suas marcas próprias.


Thom Browne - Archiv


"O grupo deve mudar e abrir novos horizontes", disse o CEO Remo Ruffini em comunicado. A Moncler disse que está a encerrar as suas coleções prêt-à-porter Gamme Rouge e Gamme Bleu, que foram apresentadas nos desfiles de moda de Paris e Milão este ano.

Os estilistas Giambattista Valli e Thom Browne vão concentrar-se nas suas marcas próprias, segundo a Moncler. A empresa não forneceu mais detalhes sobre a sua nova estratégia, embora nos últimos anos tenha enfrentado uma pressão maior para oferecer aos clientes uma maior quantidade de coleções durante o ano, incluindo coleções-cápsula exclusivas e limitadas.

Tradicionalmente, as marcas de moda apresentam apenas duas coleções por ano, primavera-verão e outono-inverno. No entanto, estima-se que os clientes mais jovens constituam quase metade da indústria de luxo de 290.000 milhões de dólares (248.000 milhões de euros) até 2025 e, para conquistar estes consumidores, de acordo com a consultoria Bain & Co, as marcas de moda têm que se mover mais rápido e focar-se no comércio eletrónico.

De acordo com Remo Ruffini, em entrevista ao Financial Times, as lojas Moncler vão lançar novos projetos com mais frequência.

A Moncler foi fundada inicialmente como uma marca vestuário para esqui nos Alpes franceses na década de 1950, mas Ruffini ajudou a transformá-la numa marca de moda, depois de assumir o controlo em 2003 e lançá-la na Bolsa de Valores de Milão em dezembro de 2013. As ações da Moncler valorizaram quase 40% este ano, em linha com o conglomerado de luxo francês LVMH.

A Moncler, cujos casacos podem custar mais de 1.000 euros (1.165 dólares), disse em outubro que estava a trabalhar em "grandes projetos", depois de publicar um aumento de 15% maior do que o esperado nas vendas dos primeiros nove meses do seu ano fiscal. Em 2016, as vendas do grupo superaram os 1.000 milhões de euros (1.160 milhões de dólares) e a empresa espera um crescimento ainda maior este ano.
 

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