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Portugal Textil
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1 de jun. de 2018
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Moretextile conjuga tempos futuros

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Portugal Textil
Publicado em
1 de jun. de 2018

Artur Soutinho, CEO do grupo MoreTextile, contou ao Portugal Têxtil que no início a empresa era como um avião antigo, «daqueles que caiam com frequência», mas que atualmente a aeronave já era de um tipo completamente diferente.

Artur Soutinho, CEO do grupo MoreTextile


Deste modo, as empresas na génese do grupo – António de Almeida & Filhos, Coelima, JMA e Tearfil – atuam neste momento tirando partido das sinergias que existem nesta estrutura. «Na prática há uma gestão e organização comum do grupo, apesar de existir a marca industrial Coelima, a Almeida e outras que temos no nosso negócio, mas depois há uma holding que agrega as competências de todo o lado», acrescentou.

A operação aproveitou as «muitas sinergias» que existiam entre os grupos, que, além de tudo, estão próximos nos concelhos de Guimarães e Santo Tirso. A reestruturação passou por muitas mudanças culturais e por uma redução de trabalhadores, de mais de 1.600 para cerca de mil.

Atualmente, a MoreTextile tem objetivos de volume de negócios de 80 milhões anuais. Os principais mercados em que atua, segundo Artur Soutinho, são a Europa, América do Norte, EUA, Canadá e Japão.

«Queremos entrar em muitos mais, claro. O processo comercial está estruturado. Temos grandes clientes, como o grupo Inditex, que é o maior. Neste momento, o sector têxtil está mais estabilizado, tem boas perspetivas, embora haja algumas ameaças para este ano», revelou o CEO do MoreTextile.

Entre os maiores desafios está a concorrência da Turquia, um mercado que sofreu com as convulsões internas do país, mas que agora está a regressar em força. «Tem havido, nos últimos anos. uma desvalorização da moeda turca contra o dólar e contra o euro, que coloca questões de competitividade novas face a este nosso grande concorrente que é a Turquia», explicou.

Neste momento, o grupo está a trabalhar num projeto com uma empresa israelita, para toalhas feitas de uma fibra «de algodão que tem características regeneradoras e antibacterianas para a pele. É um produto que estamos a desenvolver e que tem um preço que ainda está um bocadinho acima daquilo que deve, mas apostamos muito neste caminho, com produtos técnicos, ligados ao bem-estar, à saúde», adiantou Artur Soutinho.

Paralelamente, o Eco-Heather, que é feito a partir de resíduos da fiação e que tem características sustentáveis, é outro dos projetos em que o grupo está focado, para usar «aquilo é um desperdício da fiação e que será reutilizado», destacou o CEO do MoreTextile. O grupo está ainda a investir na modernização das instalações das empresas que detém, nomeadamente da JMA, e em tecnologias, como por exemplo na Tearfil.

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