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15 de dez. de 2016
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Mulberry: boas novas, apesar de perda no primeiro semestre

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15 de dez. de 2016

Para o primeiro semestre do seu exercício, a Mulberry publicou uma perda antes de impostos de 0,5 milhão de libras (0,59 milhão de euros), o que representa mesmo assim uma melhoria em relação aos piores dias da marca.
 
Se é verdade que no ano passado, no mesmo período, um pequeno lucro havia sido gerado, há este ano do que se alegrar. O volume de negócios avançou10%, para 74,5 milhões de libras (88,1 milhões de euros), e as vendas comparáveis, 7%. As vendas em linha avançaram, por sua vez, 32%, ou seja, 14% das vendas do grupo, contra 12% um ano antes. As vendas de retalho no mercado internacional, incluindo em linha, aumentaram apenas 2%, indo a 10,5 milhões de libras, mas 10% em uma base comparativa.

Mulberry lançou várias novas bolsas nos últimos seis meses. - Mulberry


A primeira coleção sob a direção de Johnny Coca foi revelada ao longo do semestre com o lançamento de nove novas bolsas, incluindo uma modificação no design da Bayswater. A Mulberry explicou assim que a pequena marroquinaria vendeu bem depois da reestruturação da oferta e que os novos produtos introduzidos pelo novo diretor criativo suscitaram "um interesse suplementar pela marca". Novos modelos de bolsas familiares e novos tamanhos serão introduzidos ao longo das próximas temporadas.
 
Em longo prazo, o objetivo é consolidar a Mulberry como marca lifestyle, reforçando as categorias complementares, em particular os calçados e o pronto-a-vestir. Estilos que atravessam categorias são ainda introduzidos com um merchandising e iniciativas de marketing coordenadas. Estilo e política de preços dessas categorias foram alinhados com as bolsas a fim de torná-las mais atrativas para os clientes tradicionais da marca, mas também para atrair uma nova audiência.

Com toda esta atividade, a perda antes de impostos pode ser explicada por um investimento suplementar de um milhão de libras, assim como por encargos de câmbio adicionais ligados às filiais internacionais, à altura de 0,4 milhão de libras.
 
Todavia, apesar de investimentos e dos novos lançamentos, o crescimento das vendas ao longo das 10 primeiras semanas do segundo semestre desacelerou. A alta das vendas atinge, no entanto, ainda 4% e 3% em base comparativa.
 
A empresa explicou que no Reino Unido, a demanda vinda dos clientes britânicos se corroeu, mas que os gastos dos turistas trouxeram um contributo para apoiar as vendas em Londres. "O Reino Unido e as perspectivas globais tornaram-se um pouco mais incertos desde a última publicação de contas, todavia, estamos bem posicionados", assim declarou o CEO, Thierry Andretta, acrescentando, por outro lado: "Nós reforçamos o nosso balanço com uma gestão séria dos nossos stocks, o que levou a uma sólida geração de fluxo de caixa".

Mulberry está a investir para o futuro. - Mulberry


Thierry Andretta declarou também que novas atividades no norte da Ásia "farão avançar a nossa estratégia que consiste em desenvolver o nosso modelo de retalho e omnicanal nos mercados-chave do luxo". A marca concluiu notadamente um acordo com a Challice para a criação de uma nova empresa que gerará a Mulberry na China, em Hong Kong e em Taiwan. A Challice possui 56% do capital da Mulberry, cujo proprietário é o mesmo que aquele do distribuidor da marca na região, o Club 21.
 
O novo grupo possuirá 60% das ações da nova empresa, Mulberry (Asia) Limited. A plataforma inicial será constituída de quatro lojas, em vendas por grosso e no omnicanal, incluindo o sítio web mulberry.com em língua chinesa. A Mulberry Asia deve realizar perdas ao longo dos seus dois primeiros exercícios.
 
Por fim, a Mulberry previu investir diretamente 3 milhões de libras em despesas de marketing neste mesmo período.

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