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Portugal Textil
Publicado em
30 de abr. de 2018
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O trunfo da diferenciação

Por
Portugal Textil
Publicado em
30 de abr. de 2018

A mais recente licenciatura do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho é dedicada ao design. Embora a designação seja Design e Marketing de Moda, a oferta formativa apresenta-se diferenciadora face aos restantes cursos de outras instituições.

Joana Cunha, Hélder Carvalho e Cristina Broega


O primeiro ano em que funcionou foi 2005, mas a ideia vinha já a ser alimentada há vários anos dentro do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade do Minho (DET). «O professor Mário de Araújo foi um dos grandes impulsionadores desta visão do design, muito focada para as marcas. A colega Graça Guedes, que, na altura, encabeçou a direção do curso, foi importantíssima nesta decisão inicial, porque desenhou basicamente todo o curso, obviamente no exercício de reflexão profunda com o que eram os modelos de ensino em prática na altura», explica, ao Jornal Têxtil (novembro 2017), Joana Cunha, diretora do curso de Design e Marketing de Moda desde 2013, cargo que acumula com o de diretora-adjunta do DET. «Penso que tanto o professor Mário como a Graça viram que havia esta necessidade do mercado daquilo que eram os designers para as marcas. Temos uma posição de design muito distante do clássico, que é muito mais o conceito, a passerelle. Esse não é o nosso design de moda. O nosso design, até porque nasce numa escola de engenharia, é muito mais próximo do produto e da indústria. Costumo dizer que é design de produto industrial de moda. Trabalhamos para um conceito de marca e de mercado, o nosso produto tem que vender nas lojas. É difícil fazer roupa para o dia a dia», sublinha.

Do currículo faz parte o design de vestuário e o design de acessórios, incluindo carteiras e calçado, mas também design têxtil, estamparia, materiais e processos têxteis, conforto e gestão da produção e de projetos. «Queremos um designer que saiba como a máquina funciona e que tenha um discurso que lhe permita conversar com o engenheiro que está à frente da produção», justifica Joana Cunha.

No final da licenciatura, os alunos desenvolvem uma pequena coleção tendo por base um tema proposto que tem de ser trabalhado não apenas em termos do produto, mas também ao nível do conceito e identidade da marca e do plano de marketing. Os projetos finais são apresentados no evento UModa, designado assim desde 2016, cuja organização está a cargo dos alunos do Mestrado em Design de Comunicação de Moda. «O Mestrado em Design de Comunicação de Moda foi criado para dar continuidade ao curso de Design e Marketing de Moda, porque faz toda a parte de comunicação de marcas», afirma Cristina Broega, diretora deste segundo ciclo de estudos. Atualmente com 28 alunos – 50% dos quais brasileiros que vêm atraídos pelo prestígio e qualidade de ensino no DET –, este mestrado assume-se como uma formação cujo potencial ainda está semioculto. «É aquele curso que a indústria ainda não percebeu que precisa. Algumas empresas já vão percebendo, porque fazer bem, nós fazemos, agora vender produto e criar marca é a parte mais difícil do nosso mercado. A parte da comunicação é fundamental porque hoje, se não comunicares a tua marca, ela não vai a lado nenhum», salienta Cristina Broega.

Os licenciados em Design e Marketing de Moda têm ainda a possibilidade de prosseguir os estudos no Mestrado de Design e Marketing de Produto Têxtil, de Vestuário e Acessórios – que existe há já 27 anos –, que inclui não só o estudo na área da moda mas também «têxteis funcionais, têxteis técnicos, novas aplicações», enumera o diretor do mestrado, Hélder Carvalho. Dos mais de 20 mestrandos que frequentam o curso, «muitos já são da área têxtil e querem continuar a formação, mas outras pessoas são de outras áreas e querem imbuir-se um pouco na área têxtil – aqui tem uma parte letiva que lhes dá um básico de tecnologia têxtil», refere Hélder Carvalho.

Os projetos finais são, por isso, variados. «Uns saem muito conceptuais e depois é difícil de implementar, outros são práticos e temos pessoas que vão à indústria e encontram quem lhes faculte os tecidos com acabamentos especiais ou os produtos químicos para funcionalizar os acabamentos. Temos ainda outras pessoas que trabalham o design e colaboram com empresas para fazer protótipos – ainda agora tivemos dois grupos que fizeram dois protótipos de vestuário interativo, um com a Damel, um casaco para operações no mar para o exército, e outro com a Ballet Rosa, uma empresa de vestuário de ballet, e ambos foram exibidos no Smart Textiles Salon, na Bélgica», revela o diretor.

A aposta na formação em design tem sido ganha, com a taxa de empregabilidade da licenciatura a ser superior a 90%. Mais importante ainda tem sido o sucesso profissional de quem fez o curso superior nesta área. É o caso de Nélson Oliveira, que depois da licenciatura estagiou na Lacoste Espanha e Península Ibérica, em Barcelona, e entretanto regressou à Universidade do Minho, onde prossegue atualmente o doutoramento e leciona enquanto professor convidado. «A mais valia do curso, que eu senti, foi principalmente a componente técnica, ou seja, este lado forte de engenharia que está presente nesta universidade. E é uma mais-valia notória porque é reconhecida no mercado, em qualquer lado. Por exemplo, várias empresas multinacionais, como a Inditex, quando vêm recrutar, muitas vezes preferem pessoas que são licenciadas aqui, que têm a componente técnica assegurada a nível dos materiais, dos processos de fabrico. Portanto, é uma mais-valia notória face a quem sai de outras universidades ou de outras escolas de design de moda», acredita. Além disso, «muitas vezes esta formação de base abre portas para depois se conseguir ingressar em escolas de referência na Europa, quer seja a Central Saint Martins ou outras universidades», destaca.

Essa é, de resto, a convicção de Beatriz Ferreira, aluna do 1.º ano da licenciatura em Design e Marketing de Moda. «O meu plano é fazer aqui a licenciatura e depois tirar o mestrado fora. Londres é o destino», confessa ao Jornal Têxtil, adiantando que já foi conhecer a Central Saint Martins para, daqui a três anos, instalar-se na capital britânica.

Até lá, contudo, a formação será feita em Guimarães, com um curso que tem vindo a ser reforçado e adaptado às necessidades, tanto ao nível da licenciatura como dos mestrados e do doutoramento – este último em parceria com a Universidade da Beira Interior.

«O departamento tem feito um esforço no sentido de trazer alguma visão nova para o curso. O ano passado tivemos uma docente convidada, a Inês Amaral, uma designer formada aqui na área do design de moda, que fez mestrado e doutoramento também aqui, e este ano temos a trabalhar connosco a Susana Bettencourt, formada na Central Saint Martins e que é uma designer reconhecida no mercado», aponta Joana Cunha. «A nossa estratégia em termos do primeiro ciclo é manter, neste momento, a matriz que temos do curso, que entendemos que está a funcionar bem», conclui a diretora da licenciatura.

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