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27 de mar. de 2017
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Portugal Fashion acolhe o imaginário asiático de Anabela Baldaque

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Agência LUSA
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27 de mar. de 2017

O terceiro dia da 40.ª edição do Portugal Fashion apresentou sexta-feira, na Alfândega do Porto, as propostas para as estações mais frias, por Anabela Baldaque, Diogo Miranda ou Luís Onofre.

Desfile Anabela Baldaque - Portugal Fashion - Outono-Inverno 2017-18 - Foto: View Fashion Book


A ‘designer’ portuense desfilou, ao final da tarde, “O Império dos Sentidos”, coleção inspirada num “imaginário entre o Nepal e a Índia”, assente em azuis escuros, cinzas e pretos, além de cores mais quentes como o bege, o rosa ou o castanho.

Ao todo, foram 45 coordenados “assumidamente complexos e intensos” desenhados para serem conjugados, onde os casacos são escolhidos como “peças chave”.

À noite, a marca de calçado e acessórios de Luís Onofre apresentou a “ousadia do rock” no lado masculino e a “monumentalidade das catedrais” no feminino.

Os tons negros dominam a paleta, com a pele de camurça em destaque nos materiais, combinados com correntes, tachas, metais e pedras preciosas num regresso a sapatos de montar como “um clássico renovado”.

Antes, a proposta de Diogo Miranda, que celebra em 2017 10 anos de carreira, para as estações mais frias materializou-se “numa mulher sexy, confiante, feminista e poderosa”, inspirando-se no trabalho do fotógrafo de moda francês Guy Bourdin (1928-1991) a caminho de coordenados “provocadores” e onde predominam os folhos e laços volumosos e o uso de materiais reciclados.

Desfile Diogo Miranda - Portugal Fashion - Outono-Inverno 2017-18 - Foto: View Fashion Book


Com o Centro Português de Fotografia como cenário, Katty Xiomara abriu o terceiro dia ainda durante a manhã, com “El toro enamorado de la luna”, sobre a “magia da cumplicidade” entre “a noite e o dia, a lua e o sol, o touro e a lua”, figuras “tão próximas e tão distantes” que resultam em formas “limpas e depuradas”, com o preto como cor dominante e apontamentos de branco e prata.

Susana Bettencourt olhou para “o novo mundo das redes sociais” para se inspirar em artistas baseados em cidades como Tóquio (Japão) ou Utrecht (Holanda).

A coleção “Wear’art”, que já tinha sido apresentada na semana da moda de Roma, juntamente com as criações de inverno de Estelita Mendonça e Pé de Chumbo, de Alexandra Oliveira, surgiu da pesquisa da criadora na rede social Instagram, de onde nasceu uma comunicação entre vários artistas e criadores para defender “a arte na moda”, com peças de malha feitas à mão a contrastar com os padrões geométricos de outros coordenados.

Estelita Mendonça, ‘designer’ que passou pelo ‘Espaço Bloom’, rampa de lançamentos do evento, antes de chegar à ‘passerelle’ principal, regressou a uma mensagem interventiva sobre a atualidade, com mensagens políticas sobre o Brexit, Donald Trump ou a destituição de Dilma Rousseff no topo das prioridades de uma coleção ‘street style’ “mais descontraída e livre direcionada a um público jovem”.

A 'designer' Alexandra Oliveira, responsável pela marca Pé de Chumbo baseou a nova coleção em rendados com folhos festivos, “jogos de lãs grossas” e vestidos de malha numa série de propostas “para usar descontraidamente”.

Desfile Carlos Gil - Portugal Fashion - Outono-Inverno 2017-18 - Foto: View Fashion Book


Depois do início do Portugal Fashion na Cordoaria Nacional, em Lisboa, com os desfiles de Pedro Pedro ou Alexandra Moura, e do segundo no Palácio dos CTT, no Porto, inteiramente dedicado aos jovens em início de carreira no âmbito do projeto Bloom, o encerramento do terceiro dia pertenceu à “narrativa mágica” de Carlos Gil.

A coleção “Magic Tale” assenta sobre estampados com motivos infantis e a repetição de padrões geométricos, com as sobreposições a acentuar o jogo de camadas e uma mistura de várias cores combinadas com caxemiras, brocados e veludos como materiais predominantes.

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