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13 de jan. de 2015
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Première Vision New York: Têxteis portugueses à conquista do mercado americano

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Agência LUSA
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13 de jan. de 2015

Nova Iorque (Lusa) – Sete empresas portuguesas participam esta semana na Première Vision New York, uma das feiras mundiais mais importantes na área têxtil e de acessórios, tentando reforçar as exportações para os Estados Unidos, que cresceram 9% em 2014.

Corredores da feira Première Vision New York


"Esta feira é organizada pela maior plataforma de negócios na área dos tecidos e acessórios para vestuário no mundo. A edição de Nova Iorque é muito importante por ser num mercado que está em franco crescimento, onde temos vindo a apostar com bons resultados e que junta as melhores empresas do mundo", explicou a diretora da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Sofia Botelho, à Lusa.

Segundo dados da organização, as empresas portuguesas venderam mais de 200 milhões de euros para os Estados Unidos da América (EUA) entre janeiro e novembro do ano passado, o que representa um crescimento de 9,1 %. No mesmo período de 2013, tinha sido registado um crescimento de 11,4 %.

"As empresas têm vindo novamente a apostar neste mercado, que no passado já ocupou uma boa posição nas nossas exportações. Estamos a tentar recuperar essa posição e com resultados", explicou Sofia Botelho.

O sector têxtil português tem sofrido com a concorrência dos mercados asiáticos. Os valores de 2013, por exemplo, representam uma quebra de 44 % face aos valores de 2000, quando o país vendia mais de 365 milhões nos EUA.

"Não podemos esquecer que a China continua a ser o maior fornecedor dos EUA. Apesar disso, nos últimos dois anos, muitas marcas americanas passaram a produzir internamente e isso foi positivo para nós na área dos tecidos", disse.

A responsável afirmou que os clientes dos portugueses têm um perfil diferente dos que compram no mercado asiático.

"O cliente que compra em Portugal procura qualidade, inovação, ‘design’ e serviço. Temos tudo isso e vendemos para praticamente todas as grandes marcas de moda americanas. Não sendo um produto final, o consumidor não sabe que o tecido é português, mas chegamos a muitas marcas média-alta", disse Sofia Botelho.

Todas as sete empresas presentes nesta feira já vendem nos EUA, que é o quinto país que mais têxteis e vestuário compra a Portugal (seguindo-se a Espanha, França, Reino Unido e Alemanha).

"Neste grupo há empresas que produzem tecidos, malhas e acessórios para as maiores e mais reputadas marcas mundiais, a exemplo da Ralph Lauren", disse à Lusa o responsável do escritório da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Nova Iorque, Rui Boavista Marques.

A ação, com um custo de 87 mil euros, é realizada no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional.

A ATP tem outras ações promocionais nos EUA ao longo do ano, participando numa feira em Las Vegas e noutra em Atlanta.

Até outubro do ano passado, esta indústria exportou 3,9 mil milhões de euros globalmente, um valor 9,2% superior ao registrado no período homólogo de 2013. Este valor representa 10% do total das exportações nacionais.

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