Prémio LVMH 2018 anuncia os nove finalistas
Coletivos criativos, especialistas em moda masculina, feminina ou unissexo... A final do Prémio LVMH promete ser bastante diversificada, com uma seleção de nove marcas com sede em Londres (4), Nova Iorque (2), Paris, Tóquio e Antuérpia, escolhidas após as duas primeiras fases de seleção, a última das quais, nos dias 1 e 2 de março, permitiu escolher entre 20 semifinalistas.
"A qualidade e o nível desta quinta edição do Prémio LVMH tornaram difícil a escolha dos nossos especialistas. Por isso, alargámos a seleção final para nove criadores em vez de oito, sendo que muitos dos candidatos reuniram o mesmo número de votos", disse em comunicado sobre o concurso Delphine Arnault, que destaca a diversidade deste painel, "com duas marcas que oferecem coleções femininas, duas coleções masculinas, duas coleções masculinas e femininas, bem como três coleções unissexo".
De destacar, entre os finalistas, a presença do escocês Charles Jeffrey, que já esteve presente na semifinal do prémio em 2017. Considerado a nova promessa da moda britânica (a sua marca é distribuída, entre outros, pelo Dover Street Market, Joyce e Matchesfashion), o jovem estilista desfila há duas temporadas em Londres com a sua marca para homem e mulher Charles Jeffrey Loverboy, com um estilo extravagante inspirado nos clubes do leste de Londres.
Igualmente com sede em Londres, o jovem criador Samuel Ross, saído dos subúrbios britânicos com um forte cunho streetwear, que criou a sua marca masculina A-Cold-Wall * em 2015 após ter trabalhado para a Off-White, de Virgil Abloh, e para o sul-coreano Rok Hwang, que criou a sua marca de prêt-à-porter feminino Rokh, com um espírito clássico contemporâneo, em 2016, depois de estudar na escola Saint Martins e de somar experiências na Céline, Louis Vuitton e Chloé.
O último nome de Londres a figurar nesta seleção é a Kwaidan Editions, uma marca feminina de estética cinematográfica, criada há três temporadas pelos parceiros de trabalho e de vida Léa Dickely (francesa) e Hung La (vietnamita-americano).
Outro finalista francês: Ludovic de Saint Sernin. Após três anos na Balmain sob a direção de Oliver Rousteing, o estilista de 27 anos, que se divide entre Londres e Paris, lançou em 2017 uma linha própria unissexo que celebra o corpo masculino com uma visão muito pessoal.
Os quatro últimos finalistas são Botter, Doublet, Eckaus Latta e Matthew Adams Dolan. O primeiro, Rushemy Botter, de Curaçau, viveu grande parte da sua vida na Holanda, tendo lançado a sua marca de moda masculina em Antuérpia com Lisi Herrebrugh, dominicana por parte de mãe e holandesa por parte de pai, propondo um estilo elegante, repleto de influências caribenhas.
O segundo, o japonês Masayuki Ino, criou a Doublet em Tóquio, em 2012, com Takashi Murakami. Uma marca streetwear unissexo de prêt-à-porter, calçado e acessórios, composta por produtos básicos e comuns modificados para lhes acrescentar um toque de estranheza.
Finalmente, Eckhaus Latta é uma marca americana para homem e mulher, criada em 2011 por Mike Eckhaus e Zoé Latta, que oferece um guarda-roupa cool e minimalista, enquanto o americano Matthew Adams Dolan propõe, com a sua marca unissexo, uma moda inspirada no sportswear americano tradicional com um foco no denim.
Estes jovens talentos irão apresentar-se ao júri uma última vez a 6 de junho na Fundação Louis Vuitton, em Paris. Nesse mesmo dia será anunciado o sucessor da designer francesa Marine Serre, que conquistou o prémio em junho passado. O vencedor receberá 300 mil euros e beneficiará de um acompanhamento personalizado dentro do grupo de luxo durante um ano.
Por outro lado, três jovens formados em escolas de moda receberão 10 mil euros e poderão juntar-se ao estúdio de uma das marcas da LVMH. Um prémio com candidaturas abertas até 15 de maio.
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