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Estela Ataíde
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6 de nov. de 2018
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Primark continua a crescer apesar de desaceleração durante o verão

Traduzido por
Estela Ataíde
Publicado em
6 de nov. de 2018

A Associated British Foods, proprietária da Primark, revelou na terça-feira os resultados anuais da cadeia de moda e, ao que parece, o ano que terminou a 15 de setembro foi outro bom período para a empresa.


Primark


No entanto, o progresso não foi total. As vendas da Primark atingiram os 7477 milhões de libras esterlinas (cerca de 8554 milhões de euros), o que refletiu um aumento de 6% em relação ao ano anterior a taxas de câmbio atuais e um aumento de 5,2% em moeda constante. Algo que se deveu ao aumento do espaço de vendas e foi compensado por uma queda de 2,1% nas vendas like-for-like.
 
Apesar disso, a sua margem de lucro operacional subiu de 10,4% para 11,3% e o lucro operacional ajustado ficou 13% acima do câmbio constante, com 543 milhões de libras esterlinas (cerca de 621 milhões de euros).

Reino Unido, Europa e Estados Unidos

A Primark obteve resultados "particularmente bons" no Reino Unido, com um aumento nas vendas de 5,3%, enquanto as vendas like-for-like subiram 1,2% e a sua quota no total do mercado de vestuário "cresceu significativamente” num mercado que diminui a cada ano.
 
Porém, não foi imune à desaceleração do verão. O crescimento like-for-like foi "forte no primeiro semestre do ano e marginalmente baixo no segundo semestre, num mercado muito mais fraco".
 
No entanto, as vendas diretas durante o verão foram fortes, pelo que os descontos foram menores do que o esperado, enquanto a comercialização antecipada da temporada de outono-inverno 2018 "foi encorajadora".

Enquanto isso, as vendas na zona euro subiram 4,7% em relação ao ano passado em moeda constante, crescendo em Espanha, Portugal e Alemanha e com especial força na França, Bélgica e Itália. Ajustando a canibalização da abertura de lojas, estimou-se que a queda do like-for-like foi de 3,6%. Algo que foi causado pelo clima atípico para a época durante três períodos diferentes este ano, especialmente na Europa do Norte, e por um comércio moderado no débil mercado alemão.

A empresa disse estar "muito satisfeita" com os seus resultados nos Estados Unidos no segundo semestre do ano. A sua nona loja, que abriu em Brooklyn em julho passado, "teve vendas fortes", enquanto os seus outros pontos de venda tiveram um crescimento like-for-like no segundo semestre, incluindo os estabelecimentos com espaços de retalho reduzidos em Freehold e Danbury, que melhoraram os seus lucros devido à diminuição do espaço.
 
Expansão de lojas

Foram assinados acordos para duas lojas futuras. O centro comercial American Dream, em New Jersey, deverá abrir em 2019 e o espaço no Sawgrass Mills, na Flórida, em 2020. Além disso, está em andamento o trabalho para acrescentar novas lojas a médio prazo na região leste dos Estados Unidos.


Primark


Olhando para o próximo ano, foram assegurados os contratos de operações de câmbio a prazo contra a mercadoria no primeiro semestre, e o câmbio mais fraco do dólar americano para estes contratos deverá trazer uma margem mais elevada nesse período, ano a ano. Mas, supondo que as compras para a temporada primavera-verão estejam garantidas ao câmbio atual, espera-se uma margem mais baixa para o segundo semestre do ano.

No próximo ano financeiro, a empresa planeia adicionar mais de 92.900 metros quadrados de espaço de venda líquido. Alemanha, França, Espanha e Reino Unido terão mais espaço nas suas lojas e, em geral, serão acrescentadas 15 novas lojas. A primeira loja na Eslovénia abrirá em 2019 em Liubliana, com a qual a Primark estará assim presente em 12 países. Também está prevista a entrada noutros mercados da Europa Central e de Leste nos próximos anos e a marca já assinou o contrato de arrendamento das suas primeiras instalações em Varsóvia.

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