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10 de jul. de 2017
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Produtores têxteis marroquinos e portugueses avaliam oportunidades de negócio conjuntas

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Agência LUSA
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10 de jul. de 2017

A Associação Marroquina do Têxtil e Vestuário quer criar um grupo de trabalho luso-marroquino para identificar oportunidades de negócio e colaboração naquele setor entre os dois países que, juntos, asseguram mais de metade do fornecimento do grupo Inditex.

F2F


Em declarações à agência Lusa à margem de uma missão de ‘networking’ (contacto) entre responsáveis associativos dos setores têxtil e vestuário de Portugal e Marrocos, que decorre hoje e sexta-feira em Vila Nova de Famalicão (Braga), Ismail Amrani, da direção da Associação Marroquina da Indústria Têxtil e do Vestuário, disse que “o ideal” seria que do encontro saísse “uma equipa para trabalhar num plano concreto de ação com vista à identificação de todas as oportunidades de negócio e de colaboração conjunta”.

Segundo Amrani, “atualmente não há um grande relacionamento negocial direto entre Portugal e Marrocos, mas os dois países juntos respondem por mais de 50% do fornecimento da Inditex”, grupo espanhol dono da Zara, e “esse relacionamento pode aumentar muito”.

Avançando como “formas de cooperação” possíveis “investimentos produtivos em cada um dos países, ‘joint ventures´ [parcerias] ou colaboração comercial entre empresas”, o responsável marroquino destacou as “grandes oportunidades” existentes ao nível do fornecimento de grandes marcas dos EUA e do Norte da Europa.

“Atualmente, em Marrocos é sobretudo feita a confeção das peças. Toda a matéria-prima e fabrico dos tecidos são feitos em Portugal e, depois, enviados para Marrocos. Para poder atingir o mercado americano, que é muitíssimo maior do que o que temos agora [com a Inditex], usufruindo dos muitos acordos de comércio-livre que Marrocos tem com os EUA, toda a cadeia de valor tem que estar em Marrocos, pelo que as parcerias entre os dois países são cruciais”, sustentou Ismail Amrani.

Salientando que Portugal e Marrocos “são países muito próximos não só geograficamente, mas também culturalmente”, o dirigente associativo considera que “há espaço para um muito maior relacionamento” num setor que tem um peso tão representativo na economia de cada um dos países. Em Marrocos, disse, o setor têxtil é o principal empregador.




   
 

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