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2 de ago. de 2017
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Produzir algodão em Angola é positiva mas metas são "demasiado ambiciosos"

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Agência LUSA
Publicado em
2 de ago. de 2017

A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que a produção de 200 toneladas de algodão em julho é um bom começo para a diversificação económica em Angola, mas salienta que a competição asiática torna os objetivos governamentais "demasiado ambiciosos".

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Comentando a produção de algodão na província de Malanje e do Kwanza Sul, com 200 e 42 toneladas, respetivamente, em julho, os analistas dizem que apesar de os valores serem baixos, são importantes porque "marcam a primeira colheita de algodão ao abrigo do programa de recuperação da produção".

A EIU salienta que "mesmo que a produção de algodão aumente significativamente, reavivar o setor têxtil do país pode provar-se um desafio" e explica que outros países africanos que tentaram a mesma coisa viram as iniciativas dificultadas pela competição barata da Ásia.

"Mesmo com o apoio da Lei sobre o Crescimento e Oportunidade de África, apoiada pelos Estados Unidos, o custo da manufatura em Angola já é proibitivamente alto, por causa das más estradas, falta de mão de obra qualificada e fraca oferta de energia".

Assim, concluem os analistas da Economist, "o objetivo explícito do Governo de revitalizar 'a cadeia de valor do algodão' pode ser demasiado ambicioso".

Antes da independência, em 1975, a produção de algodão em Angola chegou a mais de 30 milhões de toneladas por ano, mas com a guerra civil até 2002 desceu para 870 toneladas.

O Governo, em 2013, apresentou um plano de médio prazo para restabelecer a produção e o Ministério da Agricultura apontou como meta uma produção de 100 mil toneladas, 40% das quais seriam produzidas em pequenas plantações, e o restante em plantações comerciais, mas, "claramente, Angola está bem longe de atingir estas metas", conclui a EIU.

 

MBA // ANP

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