Europa Press
30 de out. de 2014
São Paulo proíbe criação de animais para comercialização de pele
Europa Press
30 de out. de 2014
São Paulo, (Notimérica) – O estado de São Paulo, o mais povoado do sudeste brasileiro, aprovou um projeto de lei que proíbe a criação de animais com um único fim, aquele de usar as suas peles para finalidades comerciais, o que praticamente acabará com o negócio de criação de chinchilas, um dos poucos animais que são criados em São Paulo e dos quais somente se aproveita a sua estimadíssima pele.
O projeto de Lei 616, sancionado na passada terça-feira (28) pelo governador Geraldo Alckmin (Partido da Social Democracia Brasileira) prevê coimas de até 10.000 reais (4.000 dólares) por cada animal sacrificado, uma cifra que pode ser dobrada em caso de reincidência, segundo informa o diário 'Folha de São Paulo'.
Em termos gerais, a lei protege coelhos, raposas, texugos, focas, coiotes e esquilos, mas sobretudo as chinchilas, as quais são criadas em maior número nesta parte do país. Os criadores sacrificaram vários animais nos últimos dias para evitar as coimas e começaram a desmantelar os centros de criação.
Os ativistas dos direitos dos animais estão a celebrar a decisão, enquanto a Associação Brasileira de Criadores de Chinchila Lanígera, que reúne 600 criadores e cerca de 50.000 exemplares, assume o fim do negócio.
Segundo esta organização, o valor da pele de uma chinchila ronda os 140 reais (60 dólares), sendo necessárias de 40 a 50 peles para confecionar um único abrigo.
Brasil é o segundo maior exportador de peles deste animal, ficando somente atrás da Argentina.
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