Sonae vê uma queda de 20% no lucro do primeiros semestre

Sonae, a multinacional portuguesa que opera nos setores de comércio retalhista, centros comerciais, telecomunicações e tecnologia, obteve lucro de 77 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que representa 20% menos em relação aos 97 milhões registados no mesmo período do ano anterior, segundo informou a companhia em um comunicado.
 
A empresa alcançou no período um volume de negócios consolidado de 2.431 milhões de euros, ou seja, 4,4% maior face aos 2.329 milhões de euros do ano anterior.

A Sonae explicou que esta evolução reflete o crescimento das vendas nas áreas do comércio retalhista alimentar e especializado, a expansão global das diferentes unidades e a forte solidez financeira resultante de uma menor dívida líquida e do menor custo médio das linhas de crédito utilizadas.
 
O co-CEO da Sonae, Ângelo Paupério, se disse feliz com os resultados "positivos". "Mantivemos crescimento no retalho e nas telecomunicações, alcançando o objetivo de adquirir uma participação na Salsa, assim como objetivos específicos na área da tecnologia, ao mesmo tempo que conseguimos avanços na estratégia de reciclagem de capital e de reforço do investimento em novos centros comerciais", explicou.

Nos primeiros seis meses do ano, a Sonae aumentou seu investimento, passando dos 116 milhões de euros para 208 milhões, seguindo com a expansão das atividades dos seus negócios e reforçando sua presença global em linha com a estratégia de diversificação marcada pela companhia.
 
Por áreas, no retalho alimentar, a Sonae MC continuou com sua expansão e aumentou suas vendas em 3,6%, ganhando parcela de mercado, ao passo que a Worten, unidade eletrónica de consumo, aumentou o volume de negócios em 1,4%, ascendendo aos 404 milhões de euros, impulsionado pela positiva evolução do consumo em Portugal, além de uma recuperação contínua em Espanha, onde as vendas por metro quadrado continuam a crescer.
 
Em Portugal, assim como em Espanha, a estratégia omnicanal segue no centro do desenvolvimento da Worten, com vendas a representar 25,3% do volume de negócios, enquanto as vendas em linha cresceram 4,2% na Península Ibérica.
 
No departamento de desporto e moda, que integra as marcas Sport Zone, Zippy, MO, Berg e Losan, o volume de negócios aumentou 14,6%, incentivado pela inclusão da Losan e pela evolução positiva da Zippy em Portugal.
 
Nos centros comerciais, as vendas dos comércios europeus aumentaram 2,5%, ascendendo a 1.439 milhões de euros, o que representa um crescimento de 3,9%.