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13 de set. de 2016
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Tribunal investiga empréstimo para aquisição da Alpargatas pelo J&F

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13 de set. de 2016

O Tribunal brasileiro de Constas da União (TCU) teria dado início a uma análise do empréstimo de R$ 2.700 milhões (673 milhões de euros à época)  feito pelo banco estatal Caixa Econômica Federal ao fundo de investimentos J&F para aquisição do controlo da Alpargatas, proprietária da Havaianas, no ano passado, segundo informações do diário Folha de São Paulo.

Empréstimo para aquisição da Alpargatas ao fundo de investimento J&F estaria sob análise do Tribunal de Constas da União do Brasil. - Foto: DR


Nos fins do mês de novembro de 2015, o grupo de investimentos J&F, proprietário, entre outras empresas, do frigorífico JBS, o maior do mundo, anunciou a aquisição do controle da fabricante de calçados e vestuário Alpargatas, dona da marca de sandálias Havaianas, em uma operação que chegou a surpreender o mercado financeiro, uma vez que esta ultrapassou as propostas de outros seis fundos de investimento, com o valor de 2.670 milhões de reais à vista, representando 44,12% do capital total da empresa de moda.
 
Reportando informações da agência Bloomberg, o diário paulistano aponta também que as análises se encontram em estágio inicial e que estas não possuem ainda uma data definida para chegar ao término.

O crédito do Banco Estatal, por sua vez, para o processo de financiamento teve lugar no mesmo fim do ano de 2015, quando a construtora Camargo Corrêa cedeu a sua participação na companhia de moda.
 
Suspeitando de benefícios concedidos à J&F, por meio deste empréstimo, o Ministério Público Federal teria apresentado ao Tribunal de Constas da União – organismo responsável pela fiscalização das contas do governo – um pedido de investigação da operação há cerca de dois meses.
 
Para a Camargo Corrêa, esta transação ocorreu num momento complicado, em que o grupo sofria as consequências das investigações da 'Operação Lava Jato', da Polícia Federal, que apura escândalo milionário de corrupção envolvendo a gigante petrolífera Petrobras.
 
Em agosto de 2015, a construtora Camargo Corrêa, uma das empresas do grupo homónimo, assinou acordo de leniência com o Ministério Público Federal no qual reconheceu ter cometido crimes como cartel, fraude à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro, comprometendo-se a devolver um montante de 700 milhões de reais.
 
Por fim, na passada semana, Polícia Federal e Ministério Público deram início à 'Operação Greenfield', na qual investigam operações em empresas, que teriam dado prejuízos a fundos de pensão de empresas controladas pelo governo, sendo que entre as investigada estaria a Eldorado Celulose, companhia do rol do fundo J&F.

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