Por
Jornal T
Publicado em
4 de mai. de 2017
Tempo de leitura
3 Minutos
Download
Fazer download do artigo
Imprimir
Text size

Trot fez crescer 65% negócios da Trotinete

Por
Jornal T
Publicado em
4 de mai. de 2017

Matilde Vasconcellos é o exemplo de uma mulher empreendedora. Em 1992, quando tinha 25 anos criou uma empresa para lançar uma marca de roupa de criança – a Trotinete. Passado dois anos, percebeu que o furo comercial afinal podia estar no fardamento escolar. E estava.


A Trotinete foi crescendo e em 2007 lançou a Trot, uma marca de fardas para a hotelaria, saúde e serviços. A galope prepara agora o lançamento de uma nova marca de jalecas direccionada aos ‘’Chefs’’ de cozinha, com o intuito de criar “um produto inovador, caracterizado pelo design funcional, apelativo e ergonómico”.

O salto para as jalecas dos chefs não é dado no escuro, tal como não foi o lançamento da Trot. Os números são como o algodão. Não enganam. “O volume de negócios da empresa atingiu em 2015 a maior variação com uma subida de 65% no valor anual de facturação devido à forte aposta na marca Trot na área de hotelaria, saúde e de serviços”, conta Matilde Vasconcellos.

Desdobrando a facturação da empresa, percebe-se que em 2016 o maior volume de negócios foi no sector colégios que representou 48% das vendas globais, seguido do sector da saúde com 29%, e dos serviços com 19% do total.

Num curto perfil disponibilizado ao Jornal T, fica a saber-se que Matilde Vasconcellos nasceu em Moçambique no dia 30 de Setembro de 1966. Em Portugal, no ano de 1985, terminou o curso de design de moda e o de calçado em 1998. E que conclui o licenciamento em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes Universidade do Porto em 2007.

Por outras palavras, conseguiu sempre conciliar o seu percurso académico com a actividade empresarial. Focou-se no segmento de mercado da classe média-alta quando lançou o vestuário de criança com a marca Trotinete que colocou à venda em boutiques. E aceitou o repto de um colégio para comercializar uniformes escolares.

Criou uma nova marca de Corporate Wear, a Trot, em 2007, seguindo o mesmo conceito dos colégios, orientada para a identidade corporativa de cada cliente. Em 2010, promove a internacionalização das marcas no mercado europeu e africano.

Entre 2013 e 2014, aposta na e inovação e em tecnologia de ponta, adquirindo softwear de gestão, programa de modelação CAD e máquina de corte automático, permitindo uma melhoria no aprovisionamento, gestão de encomendas e menor desperdício, obtendo maior eficácia nas entregas e preços mais competitivos.

Durante mais de uma década, face ao empreendedorismo, elevou a empresa que fundou, aumentando o número de trabalhadores e com impacto no mercado nacional e projecção internacional.

“Exportamos cerca de 20% do produto para Europa e África, sendo Angola,  Suíça e Espanha os principais mercados. Nos próximos dois anos, esperamos um crescimento de 30% sobre esse valor, assim como a expansão do mercado para outros países da Europa, como é o caso de França, Bélgica, Holanda, entre outros”.

“Parte desse projecto tem vindo a ser conseguido pela aposta crescente nas redes sociais, a partir das quais promovemos tanto a Trot (Uniformes de adulto) como a Trotinete (Uniformes de criança)”. E acrescenta: “Estamos também a apostar na área militar, conjuntamente com ajuda do Ministério da Defesa Nacional, que aposta na indústria têxtil portuguesa”. Assim, a Trotinete tornou-se membro da DNPA- NATO Support and Procurement Agency, podendo concorrer em concursos Internacionais da NATO.

Copyright © 2016 Jornal T

Copyright © Jornal T. Todos os direitos reservados.