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Agência LUSA
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12 de ago. de 2013
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Turismo Industrial de S. João da Madeira inclui roteiros em mais fábricas têxteis

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Agência LUSA
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12 de ago. de 2013

S. João da Madeira – Os Circuitos pelo Património Industrial de S. João da Madeira receberam quase 18.000 visitantes no primeiro semestre deste ano e a autarquia anunciou hoje que irá alargar esses roteiros turísticos a mais quatro fábricas, de etiquetas e colchoaria.


Ainda está a decorrer a fase de adaptação que permitirá que essas unidades fabris possam receber turistas em pleno horário laboral, mas o processo deverá ficar concluído até final do ano, para o público conhecer então a Bulhosas, que produz etiquetas em papel, e a Molaflex, a Flexitex e a Flexipol, que se dedicam aos colchões e aos seus respectivos componentes.

"Temos constatado que, com exceção para a Viarco, cujos lápis têm capacidade de atração isolada, os visitantes preferem sempre os circuitos temáticos", declarou à Lusa o presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira. "Com a Bulhosas completamos assim o circuito das etiquetas – acrescentando as de papel às de tecido, que já podiam ver-se em produção na Heliotêxtil – e com as outras três fábricas criamos o novo circuito da colchoaria, que também é uma das indústrias emblemáticas da cidade".

Ricardo Figueiredo explica que as três empresas desse setor específico representam todo o percurso de fabrico de um colchão: a Flexipol cria espumas, não apenas para cama, mas também para o setor automóvel; a Flexitex produz os tecidos que envolvem os colchões; e a Molaflex aplica todos esses materiais na conceção do produto acabado. "Já tínhamos o circuito industrial do calçado e outro do chapéu", observa o presidente da Câmara. "Agora reforçamos o das etiquetas e passamanarias, cujas empresas souberam sempre acompanhar a evolução das outras indústrias do concelho, e criamos de raiz o circuito da colchoaria, que tem grande reputação no país".


Para Ricardo Figueiredo, o alargamento da oferta de circuitos turísticos pelo património industrial de S. João da Madeira permitirá ao turista adquirir novos conhecimentos sobre "indústrias muito interessantes da economia nacional" e tem ainda a vantagem de "diluir por novas fábricas o grande fluxo de visitas" que o programa tem registado. "Considerando que as 18.000 visitas deste semestre se referem sobretudo a seis empresas, isso dá uma média de 3.000 pessoas por mês em cada fábrica, com visitas de manhã e de tarde", realça o autarca. "Ampliando a oferta de circuitos, deixamos de fustigar tanto as empresas que já integravam o roteiro e o visitante também sai favorecido".

O programa de Circuitos pelo Património Industrial de S. João da Madeira foi lançado em janeiro de 2012 para explorar a "cultura empreendedora" do concelho, sendo o primeiro do país a propor um produto organizado de visitas turísticas a fábricas em laboração.

As entidades então incluídas nos roteiros eram nove: a Viarco, que é a única fábrica de lápis no país, a Heliotêxtil, que produz etiquetas têxteis e passamanarias, as fábricas Evereste e Helsar, respetivamente de calçado masculino e feminino, o Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado, o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, e, no que se refere à indústria do chapéu, a Cortadoria Nacional do Pêlo, a fabricante de feltros Fepsa e o Museu da Chapelaria.

O preço individual das visitas varia entre a gratuitidade e os 9 euros, conforme se pode consultar no site. O investimento inicial no programa foi de 600.000 euros, financiados em 85% por fundos comunitários, mas Ricardo Figueiredo revela que, no fim do primeiro semestre de 2013, "o projeto já atingiu a sua sustentabilidade financeira, com os proveitos a superarem os custos por uma pequena margem".

Fotos: Divulgação

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