18 de out. de 2016
Vendas do varejo brasileiro em setembro caem quase 5%
18 de out. de 2016
As vendas do comércio varejista registraram queda de 4,9% em setembro, na comparação com o mesmo período de 2015, já descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Em agosto, a queda foi de 6,2%.
O mês de setembro não sofreu impacto de efeitos de calendário, na comparação anual. Retirando esses efeitos a retração seria de 5,1%, mesmo número de agosto, com o mesmo ajuste. Os resultados mostram estabilidade no ritmo do varejo ampliado em relação ao mês anterior.
De acordo com o levantamento, em termos nominais, o indicador registra alta de 4,1% em setembro em relação ao ano anterior, resultado maior do que o apurado em agosto (+3,7%). Descontados os efeitos de calendário, o índice nominal aponta alta na receita de vendas do varejo em 3,9%.
A inflação no varejo, ajustada ao mix e pesos dos setores que compõem o índice Cielo, registrou alta de 9,4% em setembro no acumulado dos últimos 12 meses. Isso mostra desaceleração em relação aos 10,5% registrados no mês anterior, puxada principalmente pelos setores de alimentação e bebidas e transportes.
No recorte por setores, a maioria dos que compõem o índice apresentou queda em setembro, no entanto houve pouca variação em relação a agosto, o que mostra uma estabilidade na passagem dos meses.
O estudo mostra, por fim, que o conjunto de setores de bens duráveis e semiduráveis continua com queda mais acentuada. O que mais desacelerou em setembro foi Móveis, Eletroeletrônicos e Lojas de Departamento. Já Vestuário e Materiais para Construção voltaram a acelerar neste grupo, apesar de ainda apresentarem retração ano contra ano.
Na análise por regiões, em setembro, todas apresentaram uma vele recuperação no varejo, embora ainda estejam com resultados negativos. O Norte e Nordeste apresentaram queda de 9,4% e 5,0%, respectivamente. No Sudeste, o varejo ampliado teve retração de 4,7%, seguido pelas regiões Centro-Oeste e Sul, com baixas de 4,6% e 2,9% respectivamente.
Os resultados no terceiro semestre do ano apresentam retração de 4,9%, em relação ao mesmo período do ano passado, descontada a inflação. Entretanto, apesar do desempenho ainda negativo, a curva deste ano mostra uma estabilização no ritmo de queda do varejo, que antes vinha numa trajetória descendente. Os números nominais mostram leve aceleração, levada pela inflação.
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