27 de ago. de 2014
Zara : um pijama lembrando a roupa dos deportados causa polémica
27 de ago. de 2014
A marca espanhola comercializa um pijama infantil que exibe listas escuras e uma estrela amarela de seis pontas. Um conjunto “Sherif” que se inspira inicialmente no universo dos cinemas westerns, mas que desencadeou a polémica por sua enorme semelhança com os fatos dos deportados e com a estrela amarela imposta aos judeus sob o comando do III Reich. A Zara reagiu rapidamente.
Foi na terça-feira pela manhã que nasceu a polémica, quando o sítio de informações, virado à atualidade israelo-palestina 972mag.com adiantou erroneamente que este produto só estaria disponível aos consumidores israelenses, subentendendo uma ofensa intencional e calculada da Zara para com seus clientes judeus.
Mais provável, no entanto, parece ser a hipótese de uma falta de tato em relação ao assunto entre as equipas da Zara, que elaboraram o modelo, ou ainda uma enorme precipitação para a aprovação das colecções antes mesmo da produção.
A casa mãe da Zara, o grupo espanhol Inditex, reagiu neste 27 de agosto já na metade do dia. As pessoas que questionaram a marca nas redes sociais receberam individualmente uma resposta pronta, traduzida em seu próprio idioma: “Sentimos realmente muito. A peça foi inspirada na estrela dos xerifes dos filmes westerns. O artigo não se encontra mais à venda”.
“Não queremos que nenhum dos nossos produtos ou criações seja visto como algo desrespeitoso ou que cause ofensa, aponta, da sua parte, a direcção. “A Zara é uma empresa na qual mais de 180 nacionalidades, culturas, origens e religiões diferentes trabalham juntas com o objectivo de representar o mundo moderno. O respeito e a dignidade são princípios que definem e guiam os valores veiculados pela nossa empresa”.
Uma polémica que nos remete àquela que atingiu a H&M em março passado, quando foi comercializada uma t-shirt que trazia a cabeça de um morto envolta por dois triângulos formando a estrela de David. Ou ainda aos ‘sneakers’ de Jeremy Scott para a Adidas em 2012, acompanhados de correntes que remetiam ao tratamento conferido aos escravos negros.
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