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Jornal T
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7 de jun. de 2022
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"Ainda há um gap a ultrapassar entre academia e indústria”

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Jornal T
Publicado em
7 de jun. de 2022

“Desenvolver relações mais sólidas entre a academia e a indústria” num contexto em que “ainda há um gap a ultrapassar” no sentido de ser encontrada "uma plataforma comum de desenvolvimento”, é a grande conclusão do simpósio ‘Ensino da Moda e a ITV #22’, disse ao T Jornal Alexandra Cruchinho, a sua principal impulsionadora.



Realizado na Universidade Lusófona do Porto no final de semana passada, o simpósio, revelou a docente, vai ter uma réplica “que acontecerá em novembro próximo em Portimão, no ISMAT, instituição que pertence ao grupo Lusófona, em data que ainda não está fixada” e que servirá para cimentar as principais linhas de força deste primeiro encontro.

Mais particularmente, disse ainda Alexandra Cruchinho, os trabalhos permitiram concluir que “a academia tem um gap em relação às tecnologias que a indústria usa” e que acabam por promover um distanciamento entre uma indústria que tem na investigação um dos seus pontos mais fortes e um ensino que precisa de acompanhar de forma mais próxima esse mesmo desenvolvimento.

De algum modo, disse a responsável pelo curso de Design de Moda da Lusófona, não é preciso inventar nada: “os protocolos entre a academia e a indústria existem”, mas é preciso torná-los, por um lado, mais ricos e, por outro, mais consequentes. Ou seja, “não basta que os alunos vão dois dias a uma empresa para tomarem contacto com a realidade das indústrias e depois não manterem essa aproximação”. Das dezenas de debates do simpósio ficou clara a disponibilidade da indústria para acolher os alunos e para trabalhar no aprofundamento de uma relação que, se não tiver continuidade, de nada servirá.

Para Alexandra Cruchinho, “alguém tem de iniciar este novo processo de aproximação e eu estou disposta a dar o primeiro passo, em vez de ficar á espera que seja o outro lado a decidir dá-lo”. Para isso, é necessário que seja feito um debate interno, uma vez que a pormenores que têm de ser afinados e carecem de ajustamento.

O novo simpósio de Portimão será precisamente para isso – entre outros objetivos que possa ter: “é preciso ouvir todos os intervenientes no processo, ouvir as experiências internacionais de aproximação entre a academia e a indústria para podermos tirar ensinamentos”, concluiu.

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